quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Atualidades - Partido Comunista da China anuncia que vai abolir política do filho único
Governo chinês tem estudado medida há meses; baixa natalidade está provocando envelhecimento acelerado da maior população do mundo.
A China vai flexibilizar as restrições da lei do filho único, permitindo estender o direito a dois filhos para todos os casais, informou nesta quinta-feira (29/10) a agência estatal chinesa Xinhua.
A medida tem sido estudada nos últimos meses pelo Partido Comunista da China, após mais de 30 anos de política de filho único.
A proposta é motivada por questões econômicas, dada a baixa taxa de natalidade do país, que está provocando um envelhecimento acelerado da população.
Nos últimos anos, o governo chinês tem flexibilizado a norma criada em 1979, permitindo a possibilidade de que um casal possa ter até dois filhos em determinadas circunstâncias, sob certas condições e em algumas regiões do país.
Essa mudança tem sido aplicada paulatinamente, mas, por ora, seus efeitos foram menores que o esperado por Pequim. Apenas um milhão de casais solicitaram ter um segundo filho com base na reforma datada de 2013 — a metade do previsto pelas autoridades.
A China é a nação mais populosa do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.De acordo com dados do jornal South China Morning Post, a população chinesa envelhece rapidamente. Entre 2010 e 2014, o número de pessoas com mais de 60 anos no país aumentou de 13,3% para 15,5%.
Essa mudança tem sido aplicada paulatinamente, mas, por ora, seus efeitos foram menores que o esperado por Pequim. Apenas um milhão de casais solicitaram ter um segundo filho com base na reforma datada de 2013 — a metade do previsto pelas autoridades.
A China é a nação mais populosa do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.De acordo com dados do jornal South China Morning Post, a população chinesa envelhece rapidamente. Entre 2010 e 2014, o número de pessoas com mais de 60 anos no país aumentou de 13,3% para 15,5%.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42099/partido+comunista+da+china+anuncia+que+vai+abolir+politica+do+filho+unico.shtml
Atualidades - Os elementos do seu dia a dia que causam câncer
Na semana em que a OMS (Organização
Mundial de Saúde) classificou linguiça, bacon, presunto e outras carnes
processadas como substâncias causadoras de câncer, a BBC Brasil pediu à
IARC (Agência Internacional de Pesquisa de Câncer), um dos braços da
organização, para elaborar uma lista das substâncias cancerígenas, ou
situações de risco, mais comumente presentes no dia a dia das pessoas.
"Não
é que essas substâncias sejam altamente tóxicas por si só, mas elas são
amplamente usadas nas nossas vidas e é por isso que precisamos estar
atentos aos danos que causam", disse o porta-voz Nicolas Godin.
A boa notícia, segundo Godin, é que muitos fatores de vulnerabilidade podem ser evitados.
"Desenvolver a doença é, até certo ponto, também uma questão de estilo de vida", ressalta.
"Na prática, há dois grandes grupos de agentes cancerígenos, os que não podemos evitar e os que podemos. Basta fazer escolhas."
A OMS categoriza em quatro classes o perigo que substâncias ou situações representam à saúde.
São
considerados "comprovadamente cancerígenos aos humanos" os 118 agentes
contidos na categoria "1". Os 363 itens da categoria "2A" e "2B" são
avaliados como "provável" e "possivelmente" cancerígenos. Itens do grupo
"3" são "não classificáveis quanto a sua carcinogenicidade a humanos" e
a categoria "4" só possui uma substância considerada "provavelmente não
cancerígena aos humanos", o composto orgânico caprolactam.
Veja abaixo a lista das substâncias do grupo 1 mais comuns no nosso dia a dia, preparada pela IARC.
1) Tabaco
De acordo com estimativas da OMS, o tabaco mata até metade dos usuários da substância - que pode ser fumada ou mascada. A cada ano, mais de 5 milhões de pessoas morrem em decorrência do fumo.
"O cigarro é de longe o maior cancerígeno do mundo moderno. Imagine uma pessoa que fumou quatro cigarros ao dia ao longo de 40 anos? Não há como calcular. A toxidade disso é enorme", disse à BBC Brasil Christoph Rochlitz, chefe do departamento de oncologia do Hospital da Universidade da Basileia, na Suíça.
2) Fumo passivo
Estar ao lado de uma pessoa fumando pode ser tão mortal quanto fumar, segundo a OMS.
Dados estimam que o fumo passivo mata mais de 600 mil pessoas ao ano. Desse total, 28% são crianças. Em adultos, a exposição à fumaça do tabaco gera sérias doenças cardiorrespiratórias, além, de câncer de pulmão.
O fumo passivo é apontado como causa de morte súbita em bebês. Em mulheres grávidas, ele pode ter o efeito de causar nascimento de bebês com baixo peso.
3) Poluição
A poluição do ar é um problema de saúde pública que independe do estilo de vida dos indivíduos.
A qualidade do ar nas 1,6 mil cidades monitoradas pela OMS avança rumo à deterioração. Entre os 91 países estudados, os níveis de poluição apresentaram significante piora na última avaliação, divulgada em maio de 2014.
A organização estima que, em 2012, cerca de 3,7 milhões de pessoas com menos de 60 anos morreram em decorrência da exposição à poluição.
"É um fator externo que não se pode controlar e isso depende das políticas públicas ambientais de cada país infelizmente", avalia Rochlitz.
4) Exposição a raios ultravioleta
Melanoma maligno é o tipo de câncer de pele mais letal resultante da exposição excessiva aos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
É a principal causa de morte por câncer de pele. Evitar queimaduras solares, principalmente a superexposição repetida durante a infância, é recomendado.
Indivíduos de pele branca são mais suscetíveis à doença.
"Mas aí também vai da pessoa querer se proteger. A Austrália, que era campeã em incidência da doença, hoje já apresenta em alguns estudos índices menores de câncer de pele do que os países nórdicos da Europa. Isso se deve à tomada de consciência da população que passou a utilizar protetor solar e mudou seus hábitos", explica Rochlitz.
5) Fumaça de motores a diesel
A fumaça emitida por motores alimentados a diesel é considerada um agente cancerígeno categoria "1" desde a década de 80, por conter nitroarenos, compostos resultantes da combustão incompleta do combustível.
"Em termos de toxidade, estamos falando de um elemento muito danoso, mas não há como especificar o impacto específico dessa substância, porque as pessoas estão expostas a ela em ambiente abertos", diz Rochlitz.
Um estudo de 2012 em parceria do Instituto Nacional de Câncer e do Instituto Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho dos Estados Unidos constatou aumento no risco de mortes por câncer de pulmão entre mineiros que trabalhavam no subsolo expostos à fumaça de diesel.
6) Contato com químicos formaldeídos
O formaldeído é um químico bastante comum, amplamente utilizado na fabricação de resinas e presente em produtos como solvente de cola.
Trata-se de um gás oriundo da oxidação do metanol, mas também pode ser encontrado na forma líquida, o formol.
O principal risco vem da inalação, que pode resultar em câncer da região do nariz e da faringe, e em leucemia.
"Mas se você não está diretamente exposto ao produto por meio do seu ambiente de trabalho, não deveria se preocupar muito com isso. É uma causa de câncer, mas pode ser evitada", avalia Godin.
"É um risco ocupacional para pintores. Tintas são complexas e variam muito. Algumas são cancerígenas, mas não é possível apontar um único agente específico", pondera o pesquisador da IACR, Robert Baan.
7) Uso de hormônios progesterona e estrogênio em reposição hormonal, ou em pílulas anticoncepcionais
Tema de muita polêmica entre as mulheres, tratamentos de reposição hormonal e métodos anticoncepcionais são apontados como comprovados fatores do aumento de risco de câncer quando há uso de hormônios combinados.
Estudos da OMS de 2007 concluíram que o uso associado de progesterona e estrogênio em mulheres após a menopausa aumentavam as chances de desenvolver câncer de mama.
Pílulas contraceptivas contendo os dois ingredientes também são consideradas carcinogênicas da categoria "1". "Sim, é comprovado que a combinação desses hormônios é cancerígena", assinala Rochlitz.
A IARC faz a ressalva, porém, de que esses agentes servem para proteger contra câncer de ovário e da mucosa uterina.
8) Álcool
"O álcool é uma substância que pode ser boa ou má, dependendo da quantidade e qualidade que você ingere", avalia Rochlitz.
Consta na lista IARC que álcool etanol e álcool metil presentes em bebidas alcoólicas são substâncias comprovadamente cancerígenas do tipo "1".
Rochlitz ressalta, porém, que o consumo moderado de vinho pode ajudar o sistema cardiovascular, segundo pesquisas recentes. Existem 2 bilhões de consumidores de álcool no mundo e, desse total, 76,3 milhões sofrem de alcoolismo, segundo números da OMS.
Adicionado recentemente à lista das substâncias cancerígenas, a carne vermelha processada é amplamente consumida no mundo industrializado.
Bacon, linguiça e presunto fazem parte do café da manhã da maioria das famílias e abandonar esses ingredientes é a nova recomendação da OMS.
"Um aumento no consumo de 50 gramas ao dia de carne processada representa 18% a mais de chances de desenvolver câncer da região do colo e reto. Eu mesmo vou passar a moderar a dieta", exemplifica Rochlitz.
10) Exposição ao gás radônio
Pouco conhecido fora da tabela periódica, o radônio é um gás radioativo - resíduo da desintegração de urânio e tório presente em rochas - que sobe do solo à superfície. O gás em geral se dilui no ambiente, mas pode ter concentrações perigosas em ambientes fechados. Alguns materiais de construção também são fonte de radônio.
Ele é incolor, inodoro e é a principal causa específica de mortes por câncer de pulmão após o tabaco.
A epidemiologista Lene Veiga, do Conselho Nacional de Energia Nuclear, é a representante brasileira nos encontros da OMS sobre o assunto.
Ela explica que no Brasil ainda não há um levantamento específico sobre a extensão do problema, mas países desenvolvidos de clima temperado ─ onde as casas têm calefação e isolamento térmico ─ já buscam desenvolver políticas públicas.
"O gás está presente no material de construção. É um fator que não podemos controlar, mas precisamos entender. As pessoas estão expostas a isso inevitavelmente", conclui Veiga.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151028_elementos_cancerigenos_mw_lgb
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Atualidades - Países europeus abrirão 100 mil novas vagas para migrantes em centros de recepção
Países europeus concordaram em abrir mais 100 mil vagas em centros de recepção a refugiados após reunião de emergência em Bruxelas, na Bélgica, sede da União Europeia.
Os líderes de 11 países da UE e outras três nações de fora do grupo se encontraram para debater maneiras de lidar com o número crescente de migrantes. A maioria desses imigrantes, que incluem refugiados dos conflitos em Síria, Iraque e Afeganistão, quer asilo político na Alemanha, país que mais tem recebido pessoas nos últimos meses.
Mais de nove mil migrantes chegaram na Grécia todos os dias na última semana, o índice mais alto do ano até agora.
O fluxo de imigrantes está causando verdadeiros engarrafamentos humanos em diversos países europeus e os governos acusam um aos outros de simplesmente transferir as pessoas em busca de asilo, passando adiante o problema.
Em Bruxelas, a Grécia concordou em abrir centros de recepção com lugar para 30 mil pessoas até o fim do ano.
Chegada de migrantes à Grécia
47.985 pessoas chegaram às ilhas gregas entre 17 e 21 de outubro
- 50.000 novos lugares criadas em centros de recepção na Grécia até janeiro
- 50.000 novos lugares serão criados em países vizinhos
- 60.000 pessoas chegaram à Eslovênia nos últimos 10 dias
Fonte: European Commision, IOM
Centros de recepção com mais 50 mil vagas serão abertos em países dos Bálcãs, que são as rotas mais populares para os migrantes que tentam chegar à Alemanha e à Escandinávia.
Também como parte do acordo, os países concordaram em:
- Dentro de uma semana, enviar 400 policiais para a Eslovênia, que tem dificuldades para lidar com o número de pessoas entrando no país;
- Realizar ações para "desencorajar" a ida de migrantes para as fronteiras de países vizinhos dos seus locais de chegada "sem informá-los";
- Designar autoridades em cada país que possam informar aos outros sobre os números de migrantes que chegam e saem de seu território.
"Este é um dos testes mais difíceis que a Europa já enfrentou", disse a chanceler alemã Angela Merkel.
Ameaça não cumprida
Países dos Bálcãs – como Bulgária, Romênia e Sérvia – dizem não ter recursos suficientes para lidar com o número de migrantes chegando à região.
O gargalo também foi criado pela decisão da Hungria de fechar suas fronteiras com a Servia e a Croácia, forçando os migrantes a buscar rotas alternativas para o norte.
As nações balcânicas querem pressionar a UE adotar controles imigratórios mais rígidos na chegada dos imigrantes à Grécia e Turquia, os principais pontos de entrada.
O primeiro-ministro da Croácia, Zoran Milanovic, e o presidente da Eslovênia, Borut Pahor, disseram que as negociações deste domingo só seriam um sucesso caso houvesse um acordo sobre estes controles. No entanto, os países não chegaram a uma conclusão sobre medidas neste sentido.
A correspondente da BBC News em Bruxelas Lucy Williamson, disse que o encontro foi marcado por "resmungos, súplicas e muitas respostas ácidas".
"Às vezes era difícil lembrar que todos os líderes aqui diziam querer a mesma coisa: pôr um fim ao caos que é cada vez mais presente nas rotas de migração pelos Bálcãs. Eles não concordam sobre a maneira de fazê-lo."
O fechamento de fronteiras poderá tornar ainda mais grave a situação das massas de imigrantes que vêm entrando em território europeu, especialmente no momento em que o inverno no continente se aproxima.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151025_refugiados_acordo_cc
Atualidades - Daniel Scioli e Mauricio Macri vão disputar segundo turno inédito na Argentina
Pela primeira vez desde que a democracia foi restabelecida no país, eleição presidencial será decidida no segundo turno.
Os candidatos Daniel Scioli (Frente para a Vitória), candidato do kirchnerismo, e Mauricio Macri (Cambiemos), de oposição, vão disputar um inédito segundo turno nas eleições presidenciais da Argentina, mostraram os resultados divulgados na madrugada desta segunda-feira (26/10).
Com 97,12% dos votos apurados, os resultados eram:
- Daniel Scioli (FpV): 36,86%
- Maurício Macri (Cambiemos): 34,33%
- Sergio Massa (Una): 21,34%
- Nicolás del Caño (Frente de Esquerda): 3,27%
- Margarita Stolbizer (Aliança Progressista): 2,54%
- Adolfo Rodríguez Saá: 1,67%
Dessa forma, haverá segundo turno porque, segundo a Constituição do país, para vencer de forma direta, o candidato deve superar 45% dos votos ou ter mais de 40% e uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado. O segundo turno está previsto para o dia 22 de novembro.
Quem é Scioli
Governador da Província de Buenos Aires desde 2007, Scioli é conhecido por sua flexibilidade – conseguiu lidar com setores extremamente distintos do peronismo, representados pelos ex-presidentes Carlos Menem (1989-1999), Eduardo Duhalde (2002-2003) e Néstor Kirchner (2003-2007).
Esportista, sofreu um acidente quando dirigia seu catamarã em 1989, no delta do rio Paraná. No episódio, perdeu o braço direito, fato que gerou ampla comoção nacional. Com uma prótese, voltou a pilotar e consagrou-se oito vezes campeão mundial.
Após se aproximar de Menem, foi eleito deputado pelo Partido Justicialista e, durante o breve governo de Adolfo Rodríguez Saá (2001), foi secretário de Turismo, cargo que manteve durante a administração de Eduardo Duhalde (2002-2003). Em 2003, assumiu como vice-presidente na gestão de Néstor Kirchner.
Quem é Macri
Principal figura oposicionista ao kirchnerismo, Maurício Macri (do partido Cambiemos), tornou-se prefeito de Buenos Aires em 2007. Em julho deste ano, seu chefe de gabinete, Horacio Rodríguez Larreta, tomou seu posto à frente da capital argentina, em uma disputa acirrada que serviu de termômetro para a popularidade de Macri na disputa pela presidência.
Entretanto, a carreira política do segundo colocado teve propriamente início em 2005, quando foi eleito deputado da nação argentina. Ele é frequentemente associado à figura de principal adversário do partido governista, o FpV (Frente para a Vitória), embora já tenha dito, em entrevista à rádio Mitre, que não se sente "antikirchnerista".
No âmbito econômico, Macri - que faz parte da coalizão PRO (Proposta Republicana) - defende, entre outras coisas, a redução do gasto público e a diminuição da ação do Estado na economia; a realização de uma reforma cambiária para a livre flutuação da moeda e a reforma fiscal.
'Duas visões de Argentina', diz Scioli
Em discurso concedido uma hora antes do resultado oficial das eleições - quando ainda havia grande expectativa sobre a possibilidade de o pleito ser resolvido já em um primeiro turno Scioli agradeceu o apoio dos eleitores e pediu o voto dos indecisos e dos independentes.
"Existem duas visões de presente e futuro na Argentina e nossa prioridade são os humildes, os trabalhadores e a classe média. A mudança tem que serguir adiante", ressaltou o candidato kirchnerista, em clara referência a seu rival, Mauricio Macri, cuja ideologia política se encontra à direita.
Ainda em relação ao candidato opositor, Scioli ressaltou que se fosse por Macri, que era prefeito da cidade de Buenos Aires, não haveria no país a AUH - espécie de Bolsa Família -, a YPF (empresa petroleira do país), nem a Aerolíneas, companhia de aviação.
Scioli também voltou a ressaltar algumas de suas promessas de campanha, como a isenção do imposto de renda para todos os trabalhadores e aposentados que ganhem menos de 30 mil pesos (cerca de R$ 12 mil), a continuação da recuperação das ferrovias do país, a manutenção dos programas sociais implementados nos últimos anos, a busca da soberania energética e o compromisso de seguir lutando contra os chamados fundos abutres. Em uma menção ao papa Francisco, ressaltou: "vou trabalhar para que todos tenham Teto, Terra e Trabalho".
'Política do país mudou', diz Macri
"O que se sucedeu hoje muda a política do país", declarou Macri ao saber que disputa irá para o segundo turno.
Durante discurso na sede do partido Cambiemos, Macri buscou apoio dos eleitores dos outros quatro candidatos perdedores, como Sergio Massa, da UNA (Unidos por uma Nova Argentina) e a progressista Margarita Stolbizer, afirmando que vai agora "trabalhar para ganhar sua confiança".
Tentando também apoio de camponeses e operários, o líder conservador ainda disse que "aprendeu a luta pelos direitos dos trabalhadores que levou adiante o peronismo ao longo de sua história".
"Sabemos como estão nossos produtores agropecuários, mas dentro de pouco tempo vamos poder colocar o país em marcha. Isso se estende por todo país: quero a inclusão dos que pensam de forma distinta e esse é o desafio que temos que assumir", concluiu.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42068/daniel+scioli+e+mauricio+macri+vao+disputar+segundo+turno+inedito+na+argentina.shtml
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Atualidades - Aiatolá do Irã aprova acordo nuclear, mas com ressalvas
ANCARA (Reuters) - O aiatolá Ali Khamenei aprovou o acordo nuclear do Irã com potências mundiais, mas disse que o governo iraniano deve resguardar elementos centrais de seu programa nuclear até que as alegações sobre suas supostas dimensões militares no passado sejam esclarecidas.
Em uma carta ao presidente iraniano, Hassan Rouhani, publicada no site oficial de Khamenei, o líder supremo do Irã ordenou que o pacto firmado em 14 de julho seja implementado, mediante certas condições que o Parlamento do país estipulou em uma nova lei aprovada na semana passada.
Ele afirmou que o Irã deveria adiar o envio do estoque de urânio enriquecido para o exterior e a reconfiguração de um reator de água pesada para que não possa fabricar plutônio do tipo usado em bombas – aspectos cruciais das obrigações iranianas nos termos do acordo – até que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) esclareçam a questão de Teerã ter buscado armas atômicas em algum momento.
“Qualquer ação relacionada a (o reator de) Arak e ao envio de urânio para o exterior... irá acontecer depois que o arquivo PMD (possíveis dimensões militares, em inglês) estiver encerrado”, escreveu Khamenei em sua carta.
O Irã vem negando reiteradamente que realizou pesquisas com a meta de desenvolver uma arma nuclear, embora durante anos tenha freado um inquérito da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, baseado em informações que insinuam que a nação persa o fez, o que seria uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
A AIEA terminou de coletar amostrar das instalações militares iranianas no início deste mês, e deve anunciar suas conclusões até 15 de dezembro.
Khamenei ainda disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lhe enviou duas cartas prometendo que os EUA não têm intenção de derrubar o regime clerical da República Islâmica, mas acrescentou que as ações norte-americanas provaram que “isso não é verdade”.
ACORDO NUCLEAR
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Objetivos
- impedir que o Irã tenha bomba nuclear
- garantir que o programa nuclear tenha fins pacíficos
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Compromissos assumidos pelo Irã
- reduzir a capacidade nuclear
- permitir que a Agência Internacional de Energia Atômica inspecione suas instalações
- fazer pesquisa e desenvolvimento com urânio para centrífugas avançadas, de forma a não acumular urânio enriquecido
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Compromissos assumidos pelas potências
- liberar ativos iranianos congelados
- reduzir sanções econômicas a partir de 2016
- cancelar, após 3 décadas, restrições contra a aviação do país, o Banco Central iraniano, o Exército e estatais
- tirar o Irã da lista de países sancionados pela ONU
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http://noticias.r7.com/internacional/aiatola-do-ira-aprova-acordo-nuclear-mas-com-ressalvas-21102015
Atualidades - Conheça os seis candidatos à presidência argentina; eleições são neste domingo
Seis candidatos disputam a presidência da Argentina que, pela primeira vez em 12 anos, não terá um Kirchner à sua frente. Apesar de Cristina ter que deixar a Casa Rosada em dezembro, a mudança não representa necessariamente o fim do chamado kirchnerismo. Isso porque Daniel Scioli, do governista Frente para a Vitória, mantém a vantagem apresentada por ele durante as PASO (Primárias Abertas Simultâneas Obrigatórias) e está à frente nas pesquisas de intenção de voto.
Apesar do favoritismo do atual governador de Buenos Aires, o cenário para o próximo mandato da presidência argentina não está definido. Isso porque para ser eleito no país no primeiro turno das eleições é preciso ter mais de 45% dos votos ou 40% mais 10% com relação ao segundo colocado. Assim, tanto Mauricio Macri, em segundo lugar, quando Sergio Massa, em terceiro, disputam, voto a voto, a chance de concorrer com Scioli em um eventual segundo turno. E, caso este cenário se concretize, a situação do kirchnerista seguirá indefinida, já que os eleitores de Massa e Macri podem se unir por uma mudança no caminho de governo.
Conheça os candidatos à presidência do país:
Daniel Scioli – Frente para a Vitória:
Apoiado pela presidente Cristina Kirchner, o candidato é governador da Província de Buenos Aires desde 2007 e presidente do Partido Justicialista desde 2014. Iniciou sua carreira política em 1997, quando foi deputado pela cidade de Buenos Aires.
Entre as propostas do candidato estão dar continuidade e aprofundar as políticas sociais e redistributivas de justiça social e aumentar o investimento em ciência e tecnologia implementado pelos governos de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015). Scioli também propõe reduzir o número de trabalhadores informais no país, promover um desenvolvimento igualitário para as províncias e municípios e aprofundar as relações de cooperação com o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a Unasul (União das Nações Sul Americanas).
No âmbito econômico, defende a eliminação das retenções das economias regionais e diminuir os direitos de exportação de trigo. Para o candidato, a “Argentina deve ser um paraíso produtivo e não especulativo”, como afirmou durante ato realizado com a atual presidente, Cristina Kirchner.
Maurício Macri – PRO (Proposta Republicana)
Governa a cidade de Buenos Aires desde 2007. Sua carreira política teve início em 2005, quando foi eleito deputado da nação argentina.
No âmbito econômico, defende: redução do gasto público e a diminuição da ação do Estado na economia; realização de uma reforma cambiária para a livre flutuação da moeda; reforma fiscal; eliminação dos direitos de exportação de todos os grãos, cereais e carnes e uma redução gradual de 5% por ano para a soja. Além disso, planeja eliminar o imposto para o primeiro emprego, de forma a favorecer a contratação de mão de obra e mover a economia.
“Não me sinto antikirchnerista nem anti nada, estou aqui como a maioria dos argentinos aspirando um futuro melhor”, afirmou em declarações à rádio Mitre.
Sergio Massa – Frente Renovadora
Prefeito da localidade de Tigre de 2007 a 2013, ocupou o gabinete do governo nacional de 2008 a 2009. Em 2013, rompeu com o kirchnerismo e criou a Frente Renovadora.
Entre suas propostas estão: redução do imposto sobre a renda dos assalariados; combate à inflação; reformulação das alianças com organismos de integração regional como Unasul e Mercosul; reforma do sistema penitenciário; eliminação dos direitos de exportação aos produtos agrários, com exceção da soja; redução da pressão tributária em 30%, o que inclui a eliminação do imposto à renda dos trabalhadores.
Margarita Stolbizer – Progressistas
Eleita deputada nacional quatro vezes, sendo a primeira em 1997, a candidata diz representar os ideais do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989), presidente que deu início ao processo de abertura democrática no país.
Ela critica a chamada ao “voto útil” que polariza a votação entre os três primeiros candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos.
Em sua campanha, defende que deve ser dada atenção para a eleição dos deputados: “nossa aposta é que o Congresso não tenha maioria absoluta. Precisamos de representação parlamentar plural e diversificada para que o que sair ganhador construa consensos”.
Nicolás del Caño – FIT (Frente de Esquerda)
Defende que em um eventual segundo turno, os argentinos votem em branco e que “de nenhuma forma” se reunirá com o futuro presidente, caso seja convocado.
Ele avalia como positiva a participação de seu partido FIT pela projeção que teve com a realização do debate presidencial. A coalizão se considera como “esquerda anticapitalista e socialista, que reúne 90% da esquerda do país”.
Entre as propostas do candidato estão: aumento do salário mínimo; fim do trabalho precarizado; eliminação do imposto sobre o salário e construção de três milhões de casas, financiadas com um imposto progressivo às grandes fortunas.
Adolfo R. Saá — Frente Compromisso Federal
Com a vida política iniciada em 1983, Saá é senador da Nação Argentina desde 2005. Defende um programa de pleno emprego e de incentivo à produção.
http://www.brasildefato.com.br/node/33228
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Atualidades - Oito capítulos para entender a crise na Síria
Ao longo dos últimos quatro anos e meio, mais de 200 mil sírios perderam suas vidas no conflito entre tropas leais ao presidente Bashar al-Assad e as forças de oposição. A violenta guerra já destruiu bairros inteiros e deixou 11 milhões de desabrigados.
O combate entre o governo e a oposição não para. A ajuda humanitária chega esporadicamente a alguns lugares. Milhares de sírios permanecem presos em cidades sitiadas.
A oposição se fragmentou até incluir facções islâmicas com vínculos com a Al-Qaeda, cujas táticas brutais têm causado preocupação e levado à violência até mesmo entre os rebeldes.
E o recente envolvimento da Rússia nos bombardeios contra o grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" (EI) na Síria contribuiu para a escalada de tensão no conflito.
Então, quem está ganhando na guerra na Síria? Esta é a história do conflito, em oito capítulos:
1. Protestos contra o governo
A origem da guerra atual foram os protestos de março de 2011 na cidade de Deraa, no sul do país, depois da prisão e da tortura de um dos jovens que pintaram slogans revolucionários no muro de uma escola, dentro do espírito da Primavera Árabe.
Quando as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes, matando a vários deles, ainda mais pessoas foram para as ruas. Houve manifestações em escala nacional pedindo a saída do presidente Assad.
O governo usou sua força militar para tentar acabar com a dissidência, mas isso só serviu para aumentá-la. Em julho deste ano, centenas de milhares de pessoas já participavam dos protestos em cidades de todo o país.
2. A violência da guerra civil
Membros da oposição eventualmente começaram a pegar em armas. A princípio, para se defender; depois, para expulsar as forças estatais de suas regiões.
O país entrou em guerra civil, com brigadas rebeldes lutando contras tropas governamentais pelo controle de cidades, povoados e zonas rurais. Em 2012, a violência chegou à capital Damasco e à segunda metrópole mais importante do país, Aleppo.
Em julho de 2013, a ONU afirmou que 90 mil pessoas haviam morrido no conflito. Apenas um ano depois, esse número já havia aumentado para 191 mil e, atualmente, já chegou a 250 mil.
Mas, agora, a batalha já vai muito além de ser contra ou favor de Assad - adquiriu um tom sectário, onde a maioria sunita enfrenta a ala xiita que apoia o presidente, e inclui a intervenção de países vizinhos e dos poderes globais.
Também não se pode esquecer que o crescimento de grupos jihadistas, incluindo o "EI", deu uma outra dimensão ao confronto.
3. Crimes de guerra
Uma comissão da ONU investigou as supostas violações do direito humanitário internacional na Síria a partir de março de 2011 e encontrou evidências de que ambos os lados do conflito cometeram crimes de guerra, incluindo sequestros, tortura, assassinato e execuções.
Em fevereiro de 2014, uma resolução do Conselho de Segurança exigiu o fim do uso de armas "em áreas habitadas por civis". Desde então, ativistas afirmam que ao menos 6 mil pessoas morreram por causa de bombas lançadas pelo governo em áreas controladas pelos rebeldes.
A ONU afirma que civis foram deliberadamente escolhidos como alvos de guerra, o que constitui crime. O "EI" também foi acusado de realizar uma grande campanha de terror no norte e no leste da Síria.
Sabe-se de casos nos quais militantes do "EI" aplicaram castigos severos a pessoas que se negaram a obedecer suas regras, incluindo dezenas de execuções públicas e decapitações.
4. Armas químicas
Antes de o conflito começar, os sírios tinham um dos maiores arsenais de armas químicas do mundo, entre elas os gases mostarda e sarin.
O governo insistia que seu arsenal estava seguro e nunca o usaria "dentro da Síria", mas relatos de ataques com armas químicas começaram a vir à tona no início de 2013.
Mais tarde, em agosto do mesmo ano, foguetes carregados com gás sarin foram disparados em diversos subúrbios do cinturão agrícola de Damasco, matando entre 300 e 1,4 mil pessoas, número que varia de acordo com a fonte consultada.
A oposição e as potências ocidentais garantiram que só o governo poderia ter feito isso. Assad culpou os rebeldes pelas mortes, mas a Rússia e os Estados Unidos fizeram um acordo para destruir as armas químicas da Síria anté junho de 2013.
Diante da ameaça de intervenção militar pelos Estados Unidos, o presidente concordou em eliminar seu arsenal sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
Mas, depois desta operação, a OPAQ documentou outros ataques com componentes tóxicos, como o cloro e o amoníaco, de forças do governo contra grupos rebeldes no norte do país em 2014, quando morreram 13 pessoas.
5. Milhões de refugiados
Em um dos maiores êxodos da história recente, mais de 4,5 milhões de pessoas fugiram da Síria desde o inicio do conflito, a maioria delas mulheres e crianças.
Os países vizinhos tiveram que assumir a pior parte da crise de refugiados, com Líbano, Jordânia e Turquia lutando para acomodar as ondas de refugiados que chegavam.
O êxodo se acelerou dramaticamente depois do início de 2013, quando as condições de vida no país se deterioraram de forma drástica.
Acredita-se que outras 7,6 milhões de pessoas tenham sido obrigadas a deixar suas casas dentro do país, muitas sem acesso a ajuda, o que eleva para 11 milhões o número de desabrigados, metade da população.
Em setembro passado, o drama dos refugiados sírios voltou a chamar atenção com a chegada de milhares de cidadãos às ilhas gregas, o que desencadeou uma crise na União Europeia.
Depois, vários países europeus e americanos se comprometeram a receber quantidades determinadas de asilados sírios. Em dezembro de 2014, a ONU conseguiu arrecadar US$ 8,4 milhões (R$ 32,3 milhões) para ajudar 18 milhões de pessoas.
Isso sem contar as perdas geradas pelo conflito, que já superam os US$ 200 bilhões, com quatro em cada cinco sírios vivendo na pobreza - 30% deles na pobreza extrema.
6. O surgimento do 'Estado Islâmico'
A rebelião armada evoluiu significativamente desde sua concepção. Seculares moderados foram dominados por islamistas e jihadistas, cujos métodos brutais têm feito aumentar a preocupação entre os rebeldes.
Capitalizando no caos da região, o "EI" assumiu o controle de grandes zonas no norte e no leste da Síria. Seus combatentes agora estão envolvidos em uma "guerra entre guerras", lutando contra os rebeldes, com os jihadistas da Al-Qaeda afiliados à Frente Nusra, que rejeitam as táticas do "EI", contra os curdos e contra as forças do governo.
Em setembro de 2014, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos iniciou uma série de ataques aéreos - com a ideia de "enfraquecer e finalmente destruir" o "EI" - que ajudou a enfrentar ataques contra a cidade de Kobane.
Na arena política, os grupos rebeldes estão profundamente divididos, batalhando entre eles pela supremacia. O mais proeminente deles é a Coalizão Nacional da Revolução Síria, de orientação moderada, que recebe o apoio de vários países da região e do Ocidente.
Mas a Coalizão Nacional tem pouca influência e é combatida por outros grupos, deixando o país sem uma alternativa convincente para substituir Assad.
7. Os esforços pela paz
Sem nenhuma das partes com capacidade para se impor de forma definitiva, a comunidade internacional concluiu faz tempo que o conflito só terminará com uma negociação. No entanto, já fracassaram várias tentativas de cessar-fogo e de diálogo envolvendo a Liga Árabe e a ONU.
Em maio de 2013, americanos e russos começaram em uma conferência na Suíça a trabalhar para implementar o Comunicado de Genebra de 2012, um acordo internacional apoiado pela ONU que pede o estabelecimento de um governo de transição de unidade nacional.
O diálogo começou em janeiro de 2014, mas foi interrompido no mês seguinte depois de duas rodadas de negociação. O então enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, culpou o governo sírio por ter se negado a discutir as demandas da oposição e por sua insistência em centrar-se na luta contra os "terroristas", um termo empregado a todos que oponham a Assad.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o objetivo de longo prazo da organização é encontrar uma solução política baseada na Convenção de Genebra.
O enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, também propôs a criação de "zonas livres", com negociações locais de cessar-fogo para permitir a chegada de ajuda humanitária a áreas sitiadas.
Mas as tentativas de alcançar uma trégua foram rechaçadas pelos grupos rebeldes, que temem que o governo a utilize para reposicionar suas forças.
8. Guerra pelo poder
O que começou como um levante da Primavera Árabe contra um líder ditatorial foi se transformando em uma guerra brutal, envolvendo potências regionais e globais.
Irã e Rússia dão sustentação ao governo Assad; a milícia islâmica libanesa Hezbollah e grupos jihadistas vinculados à Al-Qaeda também enviaram combatentes ao conflito e ampliam seu caráter sectário.
A oposição, dominada pelos sunitas, tem tido diferentes níveis de apoio da Turquia, Arábia Saudita, Catar e outros Estados árabes, além de Estados Unidos, França e Reino Unido.
No entanto, o surgimento de rebeldes islâmicos linha-dura e a chegada de jihadistas de todas as partes do mundo esfriou o respaldo internacional e regional à oposição.
O início dos bombardeios russos sobre a Síria, a partir deste mês, complicou ainda mais o tabuleiro desta guerra pelo poder.
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