VESTIBULAR 2014
(UPE) Observe o diagrama e analise os itens a seguir:
I. O crescimento das metrópoles brasileiras teve seu círculo concêntrico organizado a partir do centro em direção às periferias, fato que agravou, consideravelmente, até os dias atuais, a mobilidade da população.
II. Em países pobres, as periferias tiveram seus círculos concêntricos organizados territorialmente em grupos comunitários de bairros afastados dos grandes centros e próximos dos polos modais de transporte público.
III. Somente após a década de 1950, o planejamento urbano das grandes metrópoles brasileiras foi organizado, considerando-se os postos de trabalho situados em locais próximos às moradias dos trabalhadores.
IV. Os núcleos metropolitanos possuem seus círculos concêntricos organizados a partir das periferias para os grandes centros urbanos. Essa dinâmica no espaço geográfico brasileiro dificultou a mobilidade diária da população.
Está CORRETO o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
(UNEB) A origem das favelas está relacionada à pobreza e à desigualdade social, contudo, no caso específico do Rio de Janeiro, as favelas surgiram em função da
01) transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, consequência do desenvolvimento da economia cafeeira, o que provocou uma grande inflação e o empobrecimento da população em geral.
02) transmigração da Corte portuguesa para o Brasil, que expulsou a elite brasileira de suas propriedades urbanas, forçando a abrigar a nobreza portuguesa, e que desalojou centenas de cariocas de todos os níveis sociais para acomodar as necessidades físicas do novo governo.
03) Era Mauá, cujo desenvolvimento industrial atraiu a mão de obra de operários oriundos do campo, que, devido às péssimas condições salariais, se concentraram nas áreas mais miseráveis da cidade.
04) reforma urbana no centro do Rio de Janeiro, durante a Primeira República, que, inspirada no modelo urbanístico europeu, derrubou casarões coloniais, moradia da população de baixa renda, que passou a buscar abrigo nos morros cariocas.
05) política repressiva do regime ditatorial militar, nos anos 60 do século passado, que atuou incisivamente contra a população carente e dos bairros proletários, buscando conter as manifestações e os focos de resistência ao governo.
Resposta: 04
(UFRN) “[...] Há algumas décadas, a pobreza no Brasil se concentrava no campo e em pequenas e médias cidades desprovidas de iniciativas empresarias. Atualmente, ela se concentra em grandes cidades, onde se acentuaram os contrastes sociais.”
O texto apresenta uma das faces do processo de urbanização brasileiro. Sobre esse processo, é correto afirmar que
a) promoveu a redução do comércio e dos serviços devido à absorção de mão-de-obra no setor industrial.
b) iniciou a partir de núcleos urbanos localizados nas áreas interioranas do país.
c) acentuou a elevação das taxas de natalidade ao favorecer a concentração de pessoas nas cidades.
d) decorreu da industrialização e modernização do campo que acelerou a migração rural-urbana.
(UEMA) O projeto de lei complementar nº 010/11 da Assembleia Legislativa do Maranhão alterou a lei complementar nº 069, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a região metropolitana na grande São Luís. Metropolização é um processo socioeconômico e ambiental que leva à articulação funcional de dois ou mais municípios vizinhos.
BURNETT, Frederico. São Luiz por um triz: escritos urbanos e regionais. São Luís: Eduema, 2012. (Adaptado)
O recorte do mapa do Maranhão destaca os municípios que compõem a região metropolitana de São Luís, conhecida como “Grande São Luís”, após a medida aprovada. Os municípios dessa área metropolitana, assinalados no mapa de 1 a 8, são, respectivamente,
a) Santa Rita, Perizes de Baixo, Rosário, Matões do Norte, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís.
b) Apicum-Açu, Bacabeira, Rosário, Perizes de Baixo, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís.
c) Alcântara, Bacabeira, Rosário, Santa Rita, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís.
d) Miranda do Norte, Arari, Rosário, Itapecuru-Mirim, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís.
e) Matões do Norte, Axixá, Rosário, Presidente Juscelino, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís.
(IFS) Sobre as questões de violência urbana no Brasil, responda “V” – Verdadeiro e “F” – Falso, depois assinale a sequência correta:
( ) No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas. Em alguns casos, esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas.
( ) O crescimento desordenado das cidades e o êxodo rural pouco influenciam o aumento da violência urbana.
( ) Em vários momentos, o crime organizado consegue superar a ação do governo.
( ) Problemas sociais como desemprego, deficiência dos serviços públicos, principalmente os de segurança pública, contribuem para o aumento da violência.
( ) A violência urbana está atrelada às classes menos favorecidas do Brasil.
a) V, F, V, V, F.
b) F, V, F, F, F.
c) V, F, F, V, V.
d) F, F, V, V, V.
e) F, V, F, V, F
(UFAL) A urbanização trouxe um desafio crescente ao poder público. Como trazer diariamente pessoas de bairros distantes para o centro da cidade e levá-los de volta? A resolução desse problema é a solução para o movimento migratório conhecido como
a) transumância.
b) êxodo urbano.
c) emigração.
d) sazonal.
e) pendular.
(IFG) Observe a figura do Projeto do Plano Piloto de Brasília e assinale a alternativa correta sobre o processo histórico de transferência da capital brasileira em diferentes momentos.
COSTA, L. Projeto do Plano Piloto de Brasília. 1957. Disponível em: Acesso em: 28 out. 2013.
a) No século XX, o país teve a sua capital transferida por duas vezes: no primeiro momento, de Salvador para o Rio de Janeiro e, no segundo, para Brasília. Nas duas ocasiões, isso ocorreu como resultado de movimentos emancipacionistas de ruptura política.
b) A transferência da capital brasileira, de Salvador para o Rio de Janeiro, resultou, principalmente, do processo de independência política em 1822, como conotação de elemento subversivo da ordem colonial.
c) A transferência da capital para Brasília traduziu a plataforma política do nacionalismo desenvolvimentista de Juscelino Kubitscheck e concretizou as estratégias das elites políticas e econômicas brasileiras em distanciar a administração federal das grandes aglomerações urbanas do sudeste e, portanto, das pressões políticas dos diversos setores sociais.
d) A ocupação histórica humana e econômica do Plano Piloto de Brasília permitiu a redução das disparidades socioeconômicas existentes entre as diferentes regiões brasileiras e também daquelas no interior da própria capital federal.
e) O contexto histórico de transferência da capital federal para Brasília foi marcado pela repressão política da Era Vargas e representou a afirmação das ideias do nacionalismo fascista do Estado Novo.
(UNISC) A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Brasil, deram início a uma série de projetos de revitalização direcionados a determinadas zonas urbanas em cidades como Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM). Um dos possíveis efeitos disto diz respeito ao enobrecimento dessas zonas por meio da especulação imobiliária que ocasionará, em muitos casos, a valorização de terrenos, casas e apartamentos. Consequentemente, poderá haver uma transformação, pautada em condições econômicas, no perfil das pessoas que passarão a viver e a consumir serviços em tais áreas.
Qual alternativa apresenta o nome deste processo?
a) Conurbação.
b) Macrocefalia urbana.
c) Gentrificação.
d) Verticalização.
e) Urbanização.
(UNIOESTE) Considere as afirmativas abaixo sobre a rede urbana brasileira.
I. As cidades médias ganham mais importância quando exercem novo poder de atração auxiliado por fatores como: a imagem negativa das grandes cidades (associada à violência, a problemas no trânsito e à poluição) e a imagem positiva das cidades médias (associada à melhor qualidade de vida e boa infraestrutura).
II. A existência de espaços pouco povoados no território nacional, as disparidades regionais e a forte concentração econômica no Centro-Sul são elementos que limitam a articulação da rede urbana brasileira.
III. Apesar da desconcentração industrial, São Paulo manteve o papel de comando na rede urbana brasileira e concentra serviços especializados de apoio à atividade produtiva.
IV. A rede urbana da Região Norte caracteriza-se como densa, com grande número de centros urbanos bem articulados e distribuídos no território, liderados pelas metrópoles de Manaus e Belém.
V. A metrópole de Curitiba caracteriza-se pela oferta de um amplo conjunto de bens e serviços, dos mais simples aos mais sofisticados, destacando-se na rede urbana da Região Sul.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I, III e V são corretas.
b) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III, IV e V são corretas.
d) Somente as afirmativas I, III, IV e V são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II, III e V são corretas.
(PUCPR) Observe os dados a seguir.
Ao analisar os dados e associado ao seu conhecimento sobre a população brasileira, pode-se concluir que
a) o Pará é o estado brasileiro com o maior número de pessoas vivendo em favelas.
b) a falta de saneamento básico está entre os principais problemas a serem enfrentados nas favelas
brasileiras
c) os estados da região Nordeste são os que apresentam maior percentual de pessoas vivendo em favelas.
d) as favelas foram erradicadas da região Sul do país, fato esse comprovado pela ausência dos três estados, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na lista dos 10 estados com maior percentual de pessoas vivendo em favelas.
e) o baixo índice do serviço de abastecimento de energia elétrica é justificado pelo elevado percentual de pessoas que vivem em áreas rurais, sendo esse valor próximo a 35 % da população brasileira.
(CatolicaSC) As grandes cidades brasileiras enfrentam grandes problemas socioambientais que afetam a todos, mas as consequências mais graves recaem com maior intensidade sobre as parcelas mais pobres da população. Com relação a esses problemas, assinale a alternativa CORRETA.
a) A impermeabilização do solo, o desmatamento e a ocupação de áreas de riscos como fundo de vale e encostas íngremes contribuem para os alagamentos e inundações nas cidades.
b) A produção do lixo urbano, apesar de problemática, vem sendo reduzida de forma substancial em virtude da conscientização da população sobre os efeitos nocivos do consumo.
c) As temperaturas atmosféricas nas metrópoles tendem a aumentar da periferia para as regiões centrais das cidades. Esse fenômeno chama-se inversão térmica e ocorre em todas as grandes cidades brasileiras.
d) A mobilidade urbana não chega a ser um problema no Brasil, uma vez que o governo tem desenvolvido vários programas para resolvê-lo, a exemplo da implantação de metrôs nas grandes metrópoles brasileiras.
e) Todas as cidades brasileiras possuem Plano Diretor, o que vem provocando a diminuição dos problemas socioambientais, uma vez que ele obriga o poder executivo a atuar de acordo com as normas de sustentabilidade.
(CEFET)
Se, em meados do século XIX, a população urbana representava apenas, 1,7% da população mundial, em 1950 tal porcentagem era de 21% e, em 1960, de 25%. Assim, a urbanização é um fenômeno não apenas recente como também crescente, e em escala planetária. O fato de que, entre 1800 e 1950, a população mundial multiplicou-se por 2,5 e a população urbana por vinte, mostra a importância que a urbanização vem tendo no mundo desde mais de um século. Cabe aqui, entretanto, colocar o problema de entender as causas do fenômeno e verificar se elas são as mesmas nos diferentes pontos do globo.
SANTOS, M. Manual de Geografia urbana. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
Nesse contexto, é correto inferir que
a) as tecnologias da construção civil criaram novas possibilidades de instalações e assentamentos para a população.
b) as políticas públicas de controle da qualidade do ar associaram- se à desconcentração industrial das cidades globais.
c) as cidades jardins foram construídas com grandes vias de circulação, agregando a população de baixa renda expulsa do campo.
d) o urbanismo racionalista de Brasília impediu a expansão de habitações destinadas à população de maior poder aquisitivo em áreas verdes.
e) o planejamento territorial dos países desenvolvidos evitou a ocorrência de problemas infraestruturais no início do seu processo de urbanização.
(ESPM)
As linhas representam uma inversão da realidade nacional. Trata-se de:
a) Taxas de natalidade e mortalidade.
b) Crescimento e diminuição das exportações e importações brasileiras no período.
c) Inversão da PEA nos setores primário e secundário.
d) Crescimento do PIB nacional e deflação.
e) Evolução da população urbana e rural.
(ESPM) Quanto à mobilidade demográfica interna brasileira, o último Censo de 2010 mostrou que
a) as cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes foram as que mais cresceram.
b) as cidades pequenas com menos de 50 mil habitantes foram as que mais cresceram.
c) a região Sudeste foi a maior receptora de imigrantes.
d) o número de migrantes que se movimentam pelo país vem aumentando ano a ano.
e) as metrópoles adentraram a um ritmo de diminuição demográfica, enquanto as cidades médias crescem demograficamente.
(FUVEST) Considere os gráficos sobre a urbanização no Brasil.
Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, explique
a) a mudança do predomínio da população rural para o da população urbana;
b) o fenômeno da urbanização, na última década acima representada, comparando as regiões Nordeste e Sudeste.
Resposta:
a) Razões das mudanças:
- concentração fundiária;
- mecanização agrícola;
- industrialização;
- ampliação das atividades relacionadas ao setor de serviçoes.
b) O Sudeste é a região tradicionalmente mais urbanizada do país em decorrência da maior industrialização e desenvolvimento do setor terciário, bem como a modernização agropecuária. A urbanização do Nordeste foi mais lenta e mais tardia, mas se acelerou nas últimas décadas em função da descentralização industrial e a conseqüente instalação de importantes pólos industriais na região, expansão de atividades terciárias e do turismo.
(FGV-eco)
Ao se avaliarem as características da urbanização brasileira em seu período mais recente, é importante considerar os efeitos do processo de internacionalização da economia.[...] Uma das tendências desse processo é reforçar a localização de atividades nas cidades “da região mais desenvolvida do país, onde está localizada a maior parcela da base produtiva, que se moderniza mais rapidamente, e onde estão as melhores condições locacionais.”
(Maria Luisa Catello Branco in As metrópoles e a questão social brasileira. Rio de Janeiro: Revan, 2007. p. 101. Adaptado)
A tendência mostrada no texto
a) dinamiza as redes urbanas em escala nacional.
b) dá origem à formação de inúmeras metrópoles no interior do país.
c) reforça as desigualdades espaciais no Brasil.
d) minimiza a histórica concentração de riqueza em espaços reduzidos.
e) destaca o papel das metrópoles no contexto da globalização.
(FGV-adm) No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no Brasil entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados e entre as diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão, onde as cidades eram o pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos migrantes que abandonavam os grandes reservatórios de mão de obra — o Nordeste e Minas Gerais, principalmente — eram as
grandes cidades, particularmente, os grandes aglomerados metropolitanos em formação no Sudeste, entre os quais a Região Metropolitana de São Paulo se destacava.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoBrito.pdf
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas, essencialmente, ao
a) povoamento de novas áreas rurais situadas na fronteira agrícola em expansão, nas quais cidades médias comandavam as atividades econômicas.
b) processo de urbanização e ao incremento da concentração populacional que deu origem aos grandes aglomerados metropolitanos.
c) processo de transição demográfica, que ajudou a redistribuir mais equitativamente a população pelo território brasileiro.
d) descolamento entre mobilidade espacial e mobilidade social, já que a população rural foi transferida para os centros urbanos, mas permaneceu em situação de exclusão.
e) processo de transferência das cidades do Nordeste e de Minas Gerais, que funcionavam como reservatório de mão de obra, para os grandes aglomerados metropolitanos do Sudeste.
(FGV-adm)
Em média, crianças que vivem em áreas urbanas têm maior probabilidade de sobreviver à fase inicial da vida e à primeira infância, de ter melhores condições de saúde e de contar com maiores oportunidades educacionais do que crianças que vivem em áreas rurais. Frequentemente, esse efeito é considerado ‘vantagem urbana’. No entanto, a escala de desigualdades nas áreas urbanas causa grande preocupação. Algumas vezes, as diferenças entre ricos e pobres em cidades médias e grandes podem ser iguais ou maiores do que aquelas encontradas em áreas rurais.
http://www.unicef.org/brazil/pt/PT-BR_SOWC_2012.pdf
O trecho reproduzido acima foi extraído de um relatório da ONU dedicado a analisar a situação das crianças que vivem em ambientes urbanos. Assinale a alternativa coerente com os argumentos nele apresentados.
a) Nas grandes cidades, a proximidade física dos serviços essenciais garante o atendimento de qualidade para a maior parte da população infantil, fato que configura a mencionada “vantagem urbana”.
b) A urbanização figura entre os processos indutores da situação de pobreza e de exclusão que afeta parcelas crescentes da população infantil, sobretudo nos continentes africano e asiático, onde ela ocorre em ritmo acelerado.
c) Apesar das imensas desigualdades que marcam a cidade, as situações de pobreza e privação sempre
afetam mais as crianças que vivem em áreas rurais do que aquelas que vivem em áreas urbanas.
d) As áreas rurais tendem a apresentar padrões homogêneos de distribuição de riqueza, enquanto áreas urbanas são marcadas pelas desigualdades e pela exclusão.
e) As desigualdades sociais e as situações de privação que atingem parcela da população infantil que vive nas cidades, sobretudo nos países mais pobres, podem anular parcialmente os efeitos da “vantagem urbana” mencionada no texto.
(IFMG)
A tabela mostra o padrão de crescimento das regiões metropolitanas brasileiras entre 1970 e 2010, diferenciando entre os municípios centrais (núcleo) e os municípios restantes (periferia). As regiões metropolitanas
a) se caracterizam por uma concentração de população no núcleo e um crescimento menor na periferia, que geralmente é menos estruturada.
b) continuam a ser grandes concentrações populacionais, mas vêm diminuindo suas taxas de crescimento, tanto no núcleo quanto na periferia.
c) são os espaços onde se desenvolvem a indústria e as atividades econômicas dinâmicas; fora delas encontra-se um Brasil deprimido economicamente.
d) são compostas pelas cidades que se estruturaram de forma planejada e não apresentam os grandes problemas urbanos de outras cidades brasileiras.
(UERJ)
A Zona Portuária do Rio de Janeiro vem recebendo muitos investimentos públicos e privados com o objetivo de promover sua renovação física e funcional.
Considerando a charge, a nova dinâmica espacial pode ter a seguinte consequência sobre o processo de urbanização nessa região da metrópole carioca:
a) mudança do perfil social
b) degradação do setor comercial
c) aumento da atividade industrial
d) redução da acessibilidade viária
(UNICAMP) A tabela abaixo apresenta a população total, urbana e rural (em milhões de habitantes), das macrorregiões brasileiras, segundo os três últimos censos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Assinale a alternativa que indica corretamente as regiões identificadas pelos números 1, 2 e 3.
Brasil/Regiões
|
Urbano/
Rural
|
Ano
1991
|
Ano
2000
|
Ano
2010
|
Brasil
|
Urbano
|
110,9
|
137,7
|
160,9
|
Rural
|
36,0
|
31,8
|
29,8
| |
Região 1
|
Urbano
|
5,9
|
9,0
|
11,6
|
Rural
|
4,3
|
3,8
|
4,1
| |
Região 2
|
Urbano
|
25,7
|
32,9
|
38,8
|
Rural
|
16,7
|
14,7
|
14,2
| |
Região 3
|
Urbano
|
16,3
|
20,3
|
23,2
|
Rural
|
5,7
|
4,7
|
4,1
| |
Região Sudeste
|
Urbano
|
55,1
|
65,4
|
74,6
|
Rural
|
7,5
|
6,8
|
5,6
| |
Região Centro-Oeste
|
Urbano
|
7,6
|
10,0
|
12,4
|
Rural
|
1,7
|
1,5
|
1,5
| |
Fonte: Sinopse do Censo do IBGE de 2010.
|
a) Sul; Norte; Nordeste.
b) Norte; Nordeste; Sul.
c) Nordeste; Sul; Norte.
d) Norte; Sul; Nordeste.
(UNICAMP) Em termos genéricos, a rede urbana constitui-se no conjunto de centros urbanos funcionalmente articulados entre si. É, portanto, um tipo particular de rede na qual os vértices ou nós representam os diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas, e as linhas representam os diversos fluxos entre esses centros.
(Adaptado de Roberto Lobato Corrêa, Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.)
Sobre a rede urbana brasileira é correto afirmar que:
a) formou-se a partir do interior do continente, com o nascimento das cidades “boca de sertão”, funcionais para o povoamento e a exploração do ouro.
b) já no início do século XIX, ela deixou de seguir o modelo dendrítico implantado desde o início da colonização para atender à economia agroexportadora.
c) a partir da segunda metade do século XX, a industrialização implicou forte articulação inter-regional, gerando uma rede urbana de porte nacional.
d) na atualidade, destaca-se a monofuncionalidade dos principais centros que a formam, dada a especialização das funções urbanas requerida na globalização.
(UNIMOSNTES)
Fonte: uol.com.br. Acesso 3-10-2013.
Com base nos dados, podemos afirmar que
a) o percentual de municípios com IDHM baixo ficou estagnado entre 1991 e 2000.
b) o maior crescimento, entre 2000 e 2010, ocorreu nos municípios de IDHM muito alto.
c) o IDHM, entre 1991 e 2010, apresentou redução dos índices classificados como muito baixos e baixos.
d) a renda foi o indicador que mais cresceu no período analisado, contribuindo para o avanço social
registrado.
VESTIBULAR 2013
(UNICENTRO) Sobre os movimentos sociais urbanos, assinale a alternativa correta.
a) O êxodo rural na década de 1950 foi o mais importante movimento social urbano no território brasileiro.
b) As reivindicações por melhorias nos transportes levadas adiante por associações de moradores de bairros e a luta pela regularização de loteamentos, são exemplos de movimentos sociais urbanos próprios das metrópoles brasileiras.
c) A migração de nordestinos para o Sudeste, nos caminhões denominados “paus-de-arara”, constituíram um importante movimento social reivindicatório de melhores condições de emprego e de remuneração.
d) A luta pela posse da terra empreendida pelo MST teve importante reflexo na estruturação urbana das cidades que sediaram esse movimento social urbano, como é o caso de Brasília e de Curitiba.
e) A escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 resultou de um importante movimento social urbano, de base político-econômica, empreendido pela população carioca através das associações de bairro e da mídia.
(UERJ) A análise das áreas de influência das metrópoles permite identificar características atuais da rede urbana nacional, como é o caso da descontinuidade espacial da polarização exercida por um centro urbano e a superposição espacial das áreas de influência das cidades. Um exemplo pode ser observado no mapa ao lado, no caso das áreas polarizadas por Curitiba e por Porto Alegre.
A descontinuidade espacial das áreas de influência dessas duas metrópoles meridionais tem como principal explicação a existência de:
a) fluxos de migrantes da região Sul para outras regiões
b) filiais de indústrias gaúchas e paranaenses dispersas pelo país
c) redes de transporte rodoviário com origem nos estados sulistas
d) matrizes de bancos curitibanos e porto-alegrenses e agências em outros estados
(UERJ) Depois de aguardar por uma década, o Rio de Janeiro se tornou a primeira cidade do mundo a receber o título de Patrimônio Mundial como paisagem cultural concedido pela UNESCO. O conceito de paisagem cultural passou a ser utilizado a partir de 1992 e se aplica a locais onde a interação humana com o meio ambiente ocorre de forma harmônica. Até o momento, as regiões reconhecidas mundialmente nessa categoria relacionaram-se a áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo.
Adaptado de O Globo 02/07/2012.
Os processos de patrimonialização acentuaram-se ao longo dos últimos trinta anos, incorporando inclusive novas categorias, como a de “paisagem cultural”.
Para o caso do Rio de Janeiro, a manutenção da harmonia entre ocupação humana e meio ambiente no espaço urbano deve ser garantida, principalmente, por meio de:
a) flexibilização da legislação das regiões sujeitas a proteção ambiental
b) desapropriação das áreas de encostas existentes na região metropolitana
c) preservação dos conjuntos de logradouros dotados de atrativos naturais
d) reordenamento das áreas litorâneas marcadas pela expansão imobiliária
(UERJ)
(F “Urbano ou rural?” foi destaque na coluna Radar, na revista Veja. Ela apresenta o caso extremo de União da Serra (RS), município de 1900 habitantes, dos quais 286 são considerados urbanos. A reportagem da revista apontou as seguintes evidências: a) a totalidade dos moradores sobrevive de rendimentos associados à agropecuária; b) a “população” de galinhas e bois é 200 vezes maior que a de pessoas; c) nenhuma residência é atendida por rede de esgoto; d) não há agência bancária.
JOSÉ ELI DA VEIGA
Adaptado de www.zeeli.pro.br.
A situação descrita no texto ocorre porque, no Brasil, a classificação oficial de uma aglomeração urbana se dá exclusivamente a partir do seguinte critério:
a) hierárquico-funcional
b) econômico-financeiro
c) político-administrativo
d) demográfico-quantitativo
(UNICAMP) O Congresso Nacional aprovou a Lei no 10.257, em vigor desde 10 de outubro de 2001, conhecida como Estatuto da Cidade. Esta Lei estabelece as diretrizes gerais da política urbana brasileira, fornecendo instrumentos urbanísticos para o desenvolvimento das funções sociais, do uso e da gestão da cidade.
(Adaptado de “Estatuto da Cidade: Guia para Implementação pelos Municípios e Cidadãos”. Brasília: Instituto Pólis/Laboratório de Desenvolvimento Local, 2001.)
a) Aponte dois aspectos da urbanização brasileira, manifestados especialmente a partir da segunda metade do século XX, que produziram a necessidade de uma lei para orientar a política urbana do país.
b) O Plano Diretor, instrumento de planejamento urbano que consta da Constituição de 1988, foi reforçado no Estatuto da Cidade e é obrigatório para algumas categorias de municípios brasileiros. Destaque duas diretrizes de planejamento urbano que o Plano Diretor Municipal pode adotar para que seja garantido o direito de todos à cidade.
Respostas:
a) O crescimento desordenado das cidades no período provocou o aumento da ocupação de áreas de risco, como encostas e várzeas. Além disso, surgiram desafios relacionados à demanda por água tratada, coleta de lixo e esgoto, exigindo serviços além da capacidade imediata do poder público.
b) A ocupação de imóveis abandonados nos grandes centros por moradias populares, além da expansão de uma rede de transportes eficiente e de custo acessível permitiriam o acesso facilitado às infraestruturas e serviços desigualmente distribuídas.
(IFSuldeMinas) Para responder à questão, leia a música Notícia de Terra Civilizada Jorge Mello/ Belchior
Era uma vez um cara do interior
Que vida boa, água fresca e tudo mais
Rádio notícia de terra civilizada
Entram no ar da passarada
E adeus paz
Agora é vencer na vida
O bilhete só de ida
Da fazenda pro mundão
Seguir sem mulher nem filhos
Oh! Brilho cruel dos trilhos
Do trem que sai do sertão
Acreditou no sonho
Da cidade grande
E enfim se mandou um dia
E vindo viu e perdeu
Indo parar, que desgraça!
Na delegacia
Lido e corrido relembra
Um ditado esquecido
"Antes de tudo um forte!"
Com fé em Deus um dia
Ganha a loteria
Pra voltar pro Norte
Coletânea de Músicas - Millennium: Belchior 1998
A música do cantor e compositor Belchior relata o drama de milhares de trabalhadores brasileiros que, principalmente nos anos de 1960, 1970 e 1980, alimentaram o sonho de buscar suas conquistas na vida urbana, era o êxodo rural, um deslocamento ou migração de trabalhadores rurais que vão em direção aos centros urbanos. Todos esses trabalhadores tinham um sonho de melhorar de vida, ou até mesmo, de enriquecer, no entanto, quase sempre essas perspectivas eram frustradas pela dura realidade.
Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma das consequências do Êxodo Rural no Brasil.
a) Aumento do desemprego
b) Melhor distribuição das áreas agricultáveis
c) Marginalização
d) Crescimento das Favelas
(URCA) As assertivas abaixo versam sobre o processo de urbanização do Brasil. Analise as assertivas e identifique a única que traz informações inverídicas.
a) A hipertrofia do setor terciário no Brasil, apresentando grande número de trabalhadores autônomos e enorme volume de pequenas empresas, diferencia a urbanização brasileira daquela ocorrida nos países desenvolvidos.
b) Os principais problemas urbanos no país são moradia, infraestrutura e violência, porque a lógica que impulsiona o ordenamento interno das cidades é a viabilização dos fluxos de produção e não a satisfação dos anseios individuais.
c) A favela não é um problema, mas uma “solução” à necessidade de moradia, sendo, também, um indicador de uma situação mais complexa, caracterizada por desemprego e subemprego.
d) A urbanização decorre de intensas migrações do campo para as cidades, das cidades menores para as maiores, multiplicando os problemas de falta de emprego e de moradia, principalmente nas metrópoles. e) A rede de relações hierarquizada, que vai das metrópoles até as cidades locais, apresentase totalmente articulada em todo o território nacional.
(UFPA)
Fonte: http://www.belem.pa.gov.br/planodiretor/Cartilha/CartilhaWeb.pdf. Acesso em: 15/09/2012.
No estudo das interações da sociedade com o meio físico devem-se considerar fatores sociais, econômicos, tecnológicos e culturais estudados na dimensão do tempo e do espaço. Ao analisar a representação da paisagem urbana apresentada na imagem, conclui-se que
a) as formas de organização do espaço consideram a dinâmica natural das áreas de várzeas e de terra firme.
b) os aspectos da poluição das águas, como o depósito de resíduos sólidos, são de responsabilidade da população
do entorno.
c) o modo de vida ribeirinho apresenta resistência diante da pressão da modernização urbana.
d) a população urbana encontra diferentes formas de adaptação na adversidade do ambiente urbano.
e) o contraste de formas revela as desiguais condições de vida da população da cidade.
(UNCISAL) Tendo como referência o texto abaixo, assinale a opção correta.
“As cidades milionárias (com mais de um milhão de habitantes) que eram apenas duas em 1960 – São Paulo e Rio de Janeiro são cinco em 1970, dez em 1980, doze em 1991, treze em 2000 e quinze em 2010 (IBGE). Esses números ganham maior significação se nos lembrarmos que, historicamente, em 1872 a soma total das dez maiores cidades brasileiras não alcançavam um milhão de habitantes, pois somavam apenas 815.729 pessoas. Esta é a nova realidade da macro urbanização ou metropolização brasileira”
(Adaptado. Santos, M. Urbanização Brasileira).
a) No Brasil, a modernização do campo teve relação direta com a aceleração da urbanização, caracterizada por uma metropolização que se disseminou por várias regiões brasileiras.
b) Embora no mundo globalizado a tendência migratória campo-cidade seja pequena, o Brasil, em função da desorganização econômica e social e das ilusões de que a vida nas cidades apresenta mais perspectivas, mantém taxas elevadas de fluxo migratório.
c) Um ritmo de metropolização tão elevado, como o do Brasil, corresponde a índices equivalentes de crescimento industrial. Assim, a maior parte da população que se dirige às cidades é empregada no setor secundário.
d) Embora o ritmo de urbanização e metropolização no Brasil tenham sido muito elevados, o fenômeno ficou restrito às regiões Sul e Sudeste, pois foi justamente nessas regiões que ocorreu o maior crescimento industrial.
e) A urbanização brasileira, com seu caráter metropolitano, indica definitivamente a passagem de nosso país para o estágio de país desenvolvido e moderno. Sabe-se que todos os países considerados desenvolvidos são aqueles que apresentam elevados índices de urbanização.
(URCA) Leia com atenção.
Pau de Arara
Luiz Gonzaga
Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num paudearara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matola
A letra da música pode ser relacionada a qual fenômeno social?
a) Aglomeração.
b) Conurbação.
c) Êxodo Rural.
d) Hipertrofia do Terciário.
e) Transumância.
(UFMT) “Conjunto de, ao menos, 51 domicílios em área ocupada irregularmente e com precariedade de serviços públicos essenciais. São favelas, grotas, vilas e palafitas, entre outros”. Assim define o IBGE o termo “aglomerado subnormal”. Dados do Censo Demográfico de 2010 revelam que 11,4 milhões de brasileiros vivem em aglomerados precários.
População em aglomerados subnormais
(Folha de S.Paulo, 22.12.2011. Adaptado.)
A partir da análise do texto e do mapa, é correto afirmar que a maior proporção de pessoas residentes em aglomerados subnormais, em relação à população total do estado, é encontrada
a) na Bahia.
b) no Rio de Janeiro.
c) em Pernambuco.
d) no Pará.
e) em São Paulo.
(UNICENTRO) No Brasil, o movimento conhecido pelo nome de “êxodo rural”, que ocorreu na segunda metade do século XX, teve muitas consequências na organização interna das cidades que receberam os maiores contingentes da população vinda do campo. Assinale a alternativa que apresenta um fato que NÃO está relacionado aos efeitos da chegada dos migrantes provindos do campo.
a) Em muitas cidades ocorreu favelização de parte da população migrante, que não encontrou no meio urbano das grandes cidades as condições de emprego e/ou de remuneração que lhe permitisse viver em condições satisfatórias de habitação.
b) Aparecimento de muitos bairros de “periferia”, isto é, afastados da região central da cidade, com a presença de residências predominantemente voltadas à população de baixa renda, bem como de áreas de invasão urbana, ou seja, de loteamentos irregulares ou mesmo da ocupação não planejada de áreas públicas ou privadas.
c) Necessidade, por parte da administração municipal das cidades que mais receberam migrantes do campo, de disponibilizar a essa população afluente serviços públicos como ampliação da rede de abastecimento de água e de coleta de esgotos, de coleta e disposição do lixo, de iluminação pública e de transportes.
d) Necessidade, por parte da administração local, de planejar o crescimento das cidades de maior afluxo de migrantes, quanto ao zoneamento urbano, isto é, quanto à definição e redefinição das áreas residenciais, comerciais, industriais ou mistas.
e) Necessidade de reduzir a participação das atividades secundárias, isto é, das atividades industriais como geradoras de emprego, priorizando a oferta de vagas nos setores primário e terciário, como forma de absorver essa mão de obra qualificada para a prestação de serviços.
VESTIBULAR 2012
(UNIFENAS) Analise o gráfico abaixo a respeito da evolução da urbanização brasileira:
Fonte: IBGE.Censo 2010 (Folha de São Paulo,30/04/2011)
A partir dos dados observados no gráfico e mais seus conhecimentos sobre a evolução dos índices de urbanização no Brasil, você pode constatar corretamente que
I) o Brasil é um país urbano, pois possui uma população superior a 80% vivendo nas cidades.
II) o ritmo de crescimento da taxa de urbanização tende a diminuir no Brasil atual, pois a população
rural já é pouco expressiva, não havendo grandes contingentes para migrar para as cidades.
III) o Censo 2010 apresenta uma população mais urbanizada que há uma década atrás.
IV) as regiões brasileiras com as maiores taxas de urbanização são, pela ordem, Sudeste (92,9%), Centro-Oeste (88,8%) e Sul (84,9%).
V) segundo o Censo 2010 a população residente no campo apresenta uma taxa inferior a 20%, demonstrando que o êxodo rural vem perdendo força no país.
Estão corretas as alternativas
a) I e II, apenas.
b) Todas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) II, IV e V, apenas.
(FUVEST)
As imagens acima ilustram uma contradição característica de médios e grandes centros urbanos no Brasil, destacando-se o fato de que ambas dizem respeito a formas de segregação socioespacial. Considerando as imagens e seus conhecimentos, identifique e explique
a) duas causas socioeconômicas geradoras do tipo de segregação retratado na Imagem 1;
b) o tipo de segregação retratado na Imagem 2 e uma causa socioeconômica responsável por sua ocorrência.
Resposta:
a) Crescimento urbano acelerado, resultante do êxodo rural e da industrialização nos centros urbano que gerou ocupações irregulares e desordenadas, em áreas de riscos (áreas de encostas) com total falta de infraestrutura e sem políticas públicas.
b) A figura ilustra os condomínios fechados, procurados pelas classes dominantes em busca de fugir da violência e obter tranquilidade. Embora seja legitimo, só ponto de vista do indivíduo, buscar maior segurança para si e para sua família, esse fenômeno acentua a exclusão social e reduz os espaços urbanos públicos, uma vez que propicia o crescimento de espaços privados e de circulação restrita.
(FGV-RJ) Observe o gráfico:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/sinopse/sinopse_tab_bras
Sobre os fatores relacionados ao processo de urbanização nas regiões brasileiras, assinale a alternativa correta:
a) A urbanização é mais lenta nas regiões onde predomina a agricultura de alta intensidade técnica.
b) Na Região Norte, o processo de urbanização é a principal causa do desmatamento.
c) Na Região Centro-Oeste, a urbanização é alimentada pelo êxodo rural resultante da crise do setor
agrícola.
d) No Sudeste, o elevado grau de urbanização é um reflexo da baixa produtividade do setor agrícola.
e) No Sul, a urbanização foi impulsionada pela concentração da propriedade fundiária e pela
modernização técnica da agricultura.
(UNICAMP) O Brasil experimentou, na segunda metade do século 20, uma das mais rápidas transições urbanas da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país urbano e metropolitano, no qual grande parte da população passou a morar em cidades grandes. Hoje, quase dois quintos da população total residem em uma cidade de pelo menos um milhão de habitantes.
(Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória, dificuldades e lições aprendidas”, em Rosana Baeninger (org.), População e cidades: subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. Campinas: Nepo / Brasília: UNFPA, 2010, p. 11.)
Considerando o trecho acima, assinale a alternativa correta.
a) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na Amazônia, no Centro-Oeste, no Paraná) foi o fator gerador de deslocamentos de população no Brasil.
b) Uma das características mais marcantes da urbanização no período 1930-1980 foi a distribuição da população urbana em cidades de diferentes tamanhos, em especial nas cidades médias.
c) Os últimos censos têm mostrado que as grandes cidades (mais de 500 mil habitantes) têm tido crescimento relativo mais acelerado em comparação com as médias e as pequenas.
d) Com a crise de 1929, o Brasil voltou-se para o desenvolvimento do mercado interno através de uma industrialização por substituição de importações, o que demandou mão de obra urbana numerosa.
VESTIBULAR 2011
(UFF)
Reconhecido há tempos, dentro e fora do Brasil, como manifestação artística legítima e pública, o grafite vem sendo visto também como um elemento relevante do espaço urbano, pois nele realiza sucessivas intervenções.
Jornal do Brasil, 26/02/2010.
Com base nessa ideia e no foco da matéria jornalística, é correto afirmar que atualmente o grafite
a) estimula e aprofunda o desemprego entre a população jovem urbana.
b) potencializa e provoca a revolta de grupos sociais oprimidos.
c) renova e estetiza diversos trechos da paisagem urbana.
d) fortalece e antecipa o aspecto marginal das pichações.
e) abandona e contesta valores estéticos externos à cultura nacional.
(UNIOESTE) Sobre a rede urbana brasileira, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O sudeste brasileiro pode ser caracterizado como uma rede urbana complexa, pelo seu alto grau de urbanização e pela sua economia diversificada, fortemente industrial e de serviços.
b) A configuração das redes urbanas regionais é definida geralmente pelo fator histórico e pelas atividades econômicas praticadas. Tem-se como exemplos alguns centros regionais e metrópoles nordestinas que se desenvolveram como portos exportadores de produtos agrícolas para o mercado internacional.
c) São Paulo e Rio de Janeiro se caracterizam como as maiores metrópoles brasileiras por concentrar sedes de empresas transnacionais e intensa dinâmica de fluxos informacionais.
d) Abaixo das metrópoles, no nível hierárquico que define a rede urbana brasileira, estão os centros regionais que concentram centros universitários, grande rede de hospitais, médicos e dentistas especializados, retransmissoras de televisão e shopping centers. Tem-se como exemplos Londrina e
Ribeirão Preto.
e) O desenvolvimento mais recente da rede urbana brasileira esteve orientado pelo crescimento de sua malha ferroviária, que, a partir de 1960, foi a infra-estrutura de transportes que mais se destacou no território nacional.
(UNIR) Os mapas apresentam o número de cidades médias (entre 100.000 e 500.000 habitantes) no território brasileiro em 1970 e nos dias atuais.
(Revista VEJA, 01/09/2010. Adaptado.)
Com base nos mapas e nos seus conhecimentos, assinale a afirmativa correta.
a) O número de cidades médias da região Norte do país manteve-se inalterado desde 1970, resultado das políticas de conservação ambiental e da rigorosa fiscalização das instituições responsáveis.
b) A partir de 1970 aumentou o número de cidades médias, o que indica que a riqueza, antes concentrada nos grandes centros urbanos, vem sendo distribuída também nas médias aglomerações.
c) A região Nordeste, considerada a mais pobre do país, apresenta hoje poucas cidades médias, resultado do elevado contingente migratório em direção ao Centro-Sul.
d) O aumento do número de cidades médias pós década de 70 do século XX deve-se principalmente à política de incentivos fiscais para a instalação das multinacionais nas metrópoles nacionais, aumentando a demanda por mão-de-obra especializada.
e) O aumento de cidades médias da região Centro-Oeste resulta das políticas de transferência de renda do governo federal, entre elas a bolsa escola, além de investimentos maciços em ciência e tecnologia com a criação de tecnopolos.
(UFPA) À medida que a urbanização se intensifica, o modo de viver e de consumir de cada grupo ou classe social gera repercussões na forma de apropriação do espaço urbano. Sobre essas repercussões é correto afirmar que:
a) as contradições urbanas fizeram surgir, sobretudo nos grandes aglomerados, uma cidade formal e outra informal que pouco se diferenciam na organização espacial. Porém a precariedade do saneamento básico é um dos itens que as tornam diferentes.
b) o aumento da procura por espaços para habitação, em áreas de proteção ambiental, pelas populações pobres em cidades de países periféricos, gera a disseminação de ocupações irregulares com a intensa degradação desse meio ambiente.
c) o mercado imobiliário atual, ao transformar a ocupação domiciliar em um produto, uma mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas como as menos favorecidas, através do acesso às áreas de melhor localização que, geralmente, são dotadas de serviços de esgotos e água potável.
d) em um ambiente urbano ecologicamente equilibrado, tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vivenciam acesso a moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos naturais e a redução da poluição a níveis considerados aceitáveis.
e) as desigualdades espaciais que ocorrem nas cidades denunciam que as populações pobres têm sido submetidas a processos de segregação voluntária, uma vez que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres, tendo como consequência a proliferação de doenças endêmicas.
(MACK) A distribuição desigual de equipamentos públicos e serviços essenciais no espaço urbano cria áreas privilegiadas e áreas de escassez desses recursos. Nesta última situação, verifica-se, para o território, a condição de pobreza. A reportagem “Metrópole para poucos” é farta em exemplos paulistanos, como o bairro do Tatuapé no primeiro caso e o bairro do Jardim Pantanal no segundo. O professor Milton Santos enfatiza que pessoas dotadas de condições físicas, intelectuais e até salariais equivalentes não dispõem das mesmas possibilidades, caso vivam em diferentes pontos do território. Moradores de áreas privilegiadas pela distribuição de equipamentos de saúde, de educação, de cultura, etc. têm suas potencialidades sociais e econômicas aumentadas, uma vez que têm o acesso facilitado a esses serviços. Já aqueles que vivem em áreas de escassez ou inexistência de tais recursos tendem a se empobrecer a cada dia, à medida que necessitam de mais recursos próprios para usufruir tais serviços. Tais dificuldades comprometem ainda mais sua condição social e sua formação cultural.
A partir do texto e observando o mapa, considere as afirmações I, II, III e IV.
I. O problema apresentado no texto é comum em cidades industrializadas como Rio de Janeiro e Porto Alegre, mas também pode ser verificável em outras cidades brasileiras, como Fortaleza e Santos, com menores índices de industrialização.
II. O traçado e a abrangência das linhas de metrô em São Paulo não confirmam as desigualdades apontadas no texto.
III. Os casos de homicídios dolosos afetam muito mais a população das áreas mais ricas, mais vulnerável aos assaltos, principal causa desse tipo de violência.
IV. As desigualdades da relação centro-periferia podem ser observadas tanto na distribuição espacial dos equipamentos urbanos quanto nas representações de fenômenos sociais, como no caso da violência.
Assinale a alternativa que contenha apenas afirmativas corretas.
a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) I e IV
e) I e III
(UEPB) Escreva F ou V (Falso ou Verdadeiro) para as proposições que tratam de realidades concretas vivenciadas no espaço urbano brasileiro pela população de baixa renda.
( ) As favelas, que muitas vezes são vistas por milhares de brasileiros apenas como lugar da desordem social, agregam milhares de trabalhadores que disponibilizam sua força de trabalho a serviço do desenvolvimento econômico do país.Esses trabalhadores não tem acesso a outro lugar no solo urbano, nem condições de usufruir das benesses do mundo moderno.
( ) A segregação residencial é consequência de um espaço mercadoria, cujos valores de uso e troca definem as formas de apropriação e de luta pelo direito de morar na cidade.
( ) O espaço urbano de uma grande cidade como São Paulo é hoje a soma de várias cidades que apresentam realidades diversas sem articulação entre si.
( ) A falta de empregos nas grandes cidades brasileiras inclui na paisagem mendigos que moram embaixo de viadutos (sem teto), pedem esmolas ao lado de crianças além de subempregados e
crianças que disputam espaços nos semáforos para venderem
bugigangas na busca da sobrevivência.
( ) A violência em toda sua dimensão não é problema apenas das grandes metrópoles; nas cidades de menor porte ela também se faz presente. Vem deixando sua marca registrada em muitas escolas brasileiras.
A alternativa que apresenta a sequência correta é:
a) V V F V V
b) V V V F V
c) F F F V V
d) V F V F V
e) F V F V V
(UERJ) Na imagem, visualiza-se a região da Baixada Santista, com as diversas cidades que compõem esse espaço do litoral paulista.
A análise da imagem permite reconhecer a ocorrência do seguinte processo socioespacial comum em cidades de áreas metropolitanas:
a) favelização
b) conurbação
c) gentrificação
d) verticalização
(UFAL) As afirmativas a seguir abordam alguns aspectos do tema Urbanização no Brasil.Analise-as atentamente.
1) Para analisar o crescimento das cidades no Brasil, é importante destacar a população total, a população caracterizada como urbana, o índice de urbanização no ano em que foi realizado o censo e as taxas de crescimento dessa urbanização.
2) A grande cidade no Brasil se torna o lugar de todos os capitais e de todos os trabalhos, isto é, o teatro de numerosas atividades marginais do ponto de vista tecnológico, organizacional, financeiro, previdenciário e fiscal.
3) A urbanização no Brasil deve ser entendida como um processo que resulta da transferência de pessoas do campo para a cidade, isto é, o crescimento da população urbana em face do êxodo rural.
4) Entre os fatores repulsivos que contribuíram sensivelmente para a aceleração do êxodo rural no Brasil, estão a concentração de terras, a mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental mais efetivo ao homem do campo.
5) A rede urbana no Brasil é formada pelo sistema de cidades, interligadas umas às outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias e informações.
Estão corretas apenas:
a) 1 e 4 apenas
b) 3 e 5 apenas
c) 1, 2 e 3 apenas
d) 2, e 5 apenas
e) 1, 2, 3, 4 e 5
(UNESP) A construção de Brasília durante o governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) teve, entre suas motivações oficiais,
a) afastar de São Paulo a sede do governo federal, impedindo que a elite cafeicultora continuasse a controlá-lo.
b) estimular a ocupação do interior do país, evitando a concentração das atividades econômicas em áreas litorâneas.
c) deslocar o funcionalismo público do Rio de Janeiro, permitindo que a cidade tivesse mais espaços para acolher os turistas.
d) tornar a nova capital um importante centro fabril, reunindo a futura indústria de base do Brasil.
e) reordenar o aparato militar brasileiro, expandindo suas áreas de atuação até as fronteiras dos países vizinhos.
(UFRJ)
“As cidades clamam por transporte público.”
Jornal do Brasil
“Vende-se uma laje na favela.”
As favelas do Rio de Janeiro estão sendo verticalizadas por falta de espaço para aumentar a área habitada. A venda da laje está custando até 30 mil reais pelo direito de construir e usar a parte superior da casa.
Blog “as novidades”, acessado em 05/10/2010
Relacione as duas manchetes.
Resposta
O déficit de transporte público nas grandes cidades favorece a concentração da população de baixa renda em áreas favelizadas, mais próximas dos locais de trabalho, levando à valorização e ao adensamento dessas áreas.
(FUVEST) O processo de formação de cidades brasileiras esteve associado, entre outras situações, à existência de aldeamento indígena, estação de saúde, arraial de mineração, capela, forte, assentamento de imigrantes, rota de tropeiros ou, ainda, à construção de cidades planejadas.
Fonte: Atlas Histórico Escolar, FAE/MEC, 1996. Adaptado.
Com base no mapa e em seus conhecimentos:
a) Preencha, no quadro presente na folha de respostas, a legenda correta para o mapa acima.
b) Identifique e explique duas razões para a construção de Brasília, capital do país, que é uma cidade planejada.
Resolução:
b) Dentre as razões, podemos destacar: estimular a ocupação e a integração econômica e humana do interior do país; diminuir a vulnerabilidade a agressões externas da capital, deslocando-a do litoral para o interior; colaborar para uma maior integração do território nacional, localizando o centro político do país numa área mais central (interland) e afastar o centro de decisão política da pressão dos grandes aglomerados populacionais.
(FUVEST)
A metrópole se transforma num ritmo intenso. A mudança mais evidente refere-se ao deslocamento de indústrias da cidade de São Paulo [para outras cidades paulistas ou outros estados], uma tendência que presenciamos no processo produtivo – como condição de competitividade – que obriga as empresas a se modernizarem.
A. F. A. Carlos, São Paulo: do capital industrial ao capital financeiro, 2004. Adaptado.
Com base no texto acima e em seus conhecimentos, considere as afirmações:
I. Um dos fatores que explica o deslocamento de indústrias da capital paulista é o seu trânsito congestionado, que aumenta o tempo e os custos da circulação de mercadorias.
II. O deslocamento de indústrias da capital paulista tem acarretado transformações no mercado de trabalho, como a diminuição relativa do emprego industrial na cidade.
III. O deslocamento de indústrias da cidade de São Paulo decorre, entre outros fatores, do alto grau de organização e da forte atuação dos sindicatos de trabalhadores nessa cidade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
(ESPM) Considere o texto e a tabela para responder a questão.
São Paulo tem um dos trânsitos mais desgastantes do mundo, diz pesquisa
As condições de trânsito de São Paulo colocam a cidade entre aquelas que mais desgastam a população, de acordo com os resultados de uma pesquisa da IBM que estimou os prejuízos emocionais e econômicos provocados pelo tráfego ruim em 20 grandes centros urbanos do mundo.
(UOL - 01/07/10)
É correto afirmar que:
a) As cidades de países do Primeiro Mundo apresentam os maiores estresses de trânsito, e São Paulo já é uma delas.
b) Cidades que apresentam a mesma carência de São Paulo em metrô, como Moscou e México, explicam o cenário exposto.
c) O rodoviarismo explica a situação, pois as cidades em questão abandonaram o sistema ferroviário, agravando as condições de trânsito.
d) As cidades que apresentam as piores situações encontram-se em países emergentes e, com exceção de Moscou, apresentam déficit de transporte público.
d) As denominadas “cidades globais” são aquelas que apresentam a situação de maior desgaste com o trânsito.
VESTIBULAR 2010
(UFRGS)
A evolução da população urbana e rural do Brasil mostrada no gráfico pode ser explicada pela
a) A mecanização da agricultura e a migração campo-cidade.
b) mecanização da agricultura e a reforma agrária.
c) migração campo-cidade e a reforma agrária.
d) migração campo-cidade e a crise do petróleo.
e) mecanização da agricultura e a crise do petróleo.
(UFAM) Na grande cidade, há cidadãos de diversas ordens ou classes, desde o que, farto de recursos, pode utilizar a metrópole toda, até o que, por falta de meios, somente utiliza parcialmente, como se fosse uma pequena cidade, uma cidade local. Dessa forma, a rede urbana e o sistema de cidades também têm significados diversos, segundo a posição financeira do indivíduo. Há, num extremo, os que
podem utilizar todos os recursos ali presentes. Em outro, há os pobres de recursos, que são prisioneiros
do lugar, isto é, dos preços, da carência local. Para estes a rede urbana é uma realidade pertencente a
um sonho insatisfeito. Por isso são cidadãos diminuídos incompletos.
Adaptação extraída de SANTOS, Milton. Espaço do cidadão (1987).
No estudo das cidades, qual das alternativas a seguir melhor espelha os aspectos mencionados no Texto.
a) As regiões sul e sudeste receberam esmagadora quantidade de migrantes, cuja mão de obra qualificada contribuiu para o desenvolvimento e descentralização das condições de infra-estrutura urbana.
b) A modernização da indústria proporcionou a concentração de pessoas nas grandes cidades, facilitando as condições de moradia e qualidade de vida nos núcleos urbanos.
c) O espaço urbano é amplamente dominado por agentes hegemônicos, que direcionam investimentos para seus interesses, organizando o tráfego de veículos particulares, informação e energia. Relegam assim, investimentos sociais, excluindo os pobres da modernização.
d) A rede urbana das cidades brasileiras propicia transformações no espaço, possibilitando às políticas públicas atender aos requisitos de cidadania e inclusão das classes menos privilegiadas.
e) A partir da década de 70, a infra-estrutura de transportes e comunicação foi se expandindo pelo país, favorecendo as condições de urbanização para excluídos sociais.
(CESGRANRIO)
Considerando o gráfico acima e o contexto social, político e econômico e suas repercussões na organização do espaço brasileiro, a partir de 1950, analise as afirmações a seguir.
I – As transformações ocorridas na estrutura urbana brasileira foram resultado de um rápido crescimento da industrialização que caracterizou o país na segunda metade do século XX.
II – Os problemas decorrentes da urbanização tendem a se agravar de acordo com a previsão do gráfico, e se tornam urgentes políticas de planejamento urbano e investimentos em infraestrutura urbana.
III – A tendência, no caso brasileiro, é de que essa previsão não se realize, já que os investimentos e o financiamento de melhorias na área rural têm sido ação comum nos últimos governos.
IV – A estimativa apresentada não considerou o retorno de grande parte da população urbana para o campo, em virtude de problemas decorrentes da urbanização, tais como violência e desemprego.
Estão corretas APENAS as afirmações
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
(UFF)
UM LUGAR COMUM, O EUFEMISMO E A FAVELA
Uma valorização do eufemismo parece importante na dinâmica das relações sociais. Seu emprego permitiria, em parte, contornar o valor negativo que certas expressões espelham. O eufemismo, no entanto, não afronta o estigma. Seu uso indica uma relação de cortesia, necessária, no curso das trocas sociais que se passam com aqueles que não podem se desfazer de suas marcas.
Observamos que este uso é generalizado entre diferentes grupos sociais – a mesma preocupação pode levar a substituir o termo comunidade por outro equivalente, comomorro ou bairro. Sabemos todos que nas trocas sociais o mais importante é o sentido que se elabora no interior das suas dinâmicas. O esforço continuado para não ferir as pessoas que acompanham as trocas sociais correntes motiva o uso do termocomunidade em muitos momentos, inclusive por aqueles diretamente concernidos – as pessoas que moram em favelas –, quando se referem a seus locais de moradia. Empregado pela mídia, pelo governo, pelas associações locais, pelas ONGs, o termocomunidade muitas vezes explicita a dificuldade dessa operação de levar em conta o que pensam os que se veem nomeados de uma forma negativa.
Se este uso eufemístico é recorrente, vale observar que, em muitas circunstâncias, do
ponto de vista dos moradores, o que é mais reivindicado é a não identificação, ou seja,
preferencialmente, a anulação de qualquer referência à identidade territorial em trocas sociais
diversas.
O termo “comunidade” em seus usos eufemísticos não é capaz de impedir a associação
da pessoa com os traços negativos provenientes dessa identificação; somente indica a suspensão
destes pelo uso momentâneo de aspas que podem ser retiradas quando for preciso.
BIRMAN, Patrícia. Favela é comunidade? In SILVA, L.A.(org.) Vida sob cerco. Violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, pp.106-7. Adaptação.
Do Texto VIII, destaca-se o seguinte trecho:
“Observamos que este uso (do eufemismo) é generalizado entre diferentes grupos sociais – a mesma
preocupação pode levar a substituir o termo comunidade por outro equivalente, como morro ou bairro”. (linhas 6-8)
A substituição apontada no trecho acima pode ser encontrada em letras de algumas canções, como no
exemplo abaixo.
Endereço dos Bailes
“(...)
Ê ê ê ê! Se liga que eu quero ver
O endereço dos bailes eu vou falar pra você
É que de sexta a domingo na Rocinha o morro
enche de gatinha
Que vem pro baile curtir
Ouvindo charme, rap, melody ou montagem,
É funk em cima, é funk embaixo,
Que eu não sei pra onde ir
(...)
Tem outro baile que a galera toda treme
É lá no baile do Leme lá no Morro do Chapéu
Tem na Tijuca um baile que é sem bagunça
A galera fica maluca lá no Morro do Borel
(...)”
MC Júnior e MC Leonardo
Essa associação entre favela e morro pode ser explicada pela combinação dos seguintes aspectos:
a) auto-segregação / interferência do planejamento estatal.
b) segregação social / especificidade do sítio urbano.
c) periferização / espaço urbano como mercadoria.
d) metropolização / busca pela legalização da posse.
e) verticalização / política demográfica natalista.
(FUVEST) Durante muito tempo, a população da então Vila de São Paulo foi pouco expressiva. Seu crescimento foi, contudo, extremamente rápido durante o século XX. Esse processo pode ser verificado na tabela a seguir.
Município de São Paulo – evolução da população (1872 – 2000)
Ano
|
População
|
Crescimento (%)
|
1872
|
31.385
|
-
|
1900
|
239.820
|
664,12
|
1920
|
579.033
|
141,44
|
1940
|
1,326.261
|
129,04
|
1960
|
3.781.446
|
185,12
|
1970
|
5.924.615
|
56,67
|
1980
|
8.493.226
|
43,35
|
1991
|
9.646.185
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13,57
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2000
|
10.405.867
|
7,87
|
Fonte: Atlas SEADE da Economia Paulista, 2007. Adaptado.
Considerando os dados apresentados e seus conhecimentos,
a) cite e analise duas causas que contribuíram para o crescimento da população, no município de São Paulo, no período de 1940 a 1970.
b) cite e explique uma das causas responsáveis pela desaceleração do crescimento populacional, no município de São Paulo, a partir de 1980.
Resolução:
a) A cidade de São Paulo passa por vertiginoso crescimento populacional a partir do processo de industrialização, que, muito embora iniciado em fins do século XIX, vai se acentuar a partir da década de 1940 em diante. Trata-se de uma fase de produção industrial caracterizada pelo uso intensivo de mão de obra o que associado à diversificação de unidades de produção acabou gerando demanda de pessoal com aumento nas taxas de crescimento da população urbana. O processo de urbanização acaba gerando variadas formas de serviços e oportunidades em atividades como trabalhos em obras civis na construção e expansão do equipamento urbano, favorecendo movimentos migratórios que aumentam ainda mais os índices de crescimento urbano.
b) A partir da década de 1980, é notável uma desaceleração no ritmo do crescimento populacional do município de São Paulo com motivos como:
– Saturação da malha urbana com infraestrutura sobrecarregada, não conseguindo acompanhar o crescimento populacional, o que leva alguns contingentes migratórios a mudarem a utopia, dirigindo-se para outras localidades do entorno metropolitano;
– Alta no custo de vida na cidade. A demanda por moradias e produtos e serviços variados acaba pressionando os preços de residências e aluguéis e produtos de consumo;
– As indústrias passam por modificações significativas em seus sistemas de produção com automação, por exemplo, gerando dispensas de mão de obra. A malha urbana saturada e congestionada acaba encarecendo os custos operacionais o que faz o setor iniciar um gradual, mas inexorável processo de descentralização incentivada por ações governamentais e seguindo os eixos rodoviários em direção ao interior do estado;
– Queda da taxa de natalidade, seguindo tendência observada na população brasileira, o que reduz o crescimento vegetativo; tal fato é sentido de modo mais notável em áreas urbanas, como é o caso da capital paulista.
(UNICAMP) “Em 1985, viviam na Região Metropolitana de São Paulo mais de 14 milhões de pessoas. A maioria mora em habitações precárias - favelas, cortiços e casas autoconstruídas em terrenos destituídos de serviços públicos - e ganha poucos salários mínimos por mês, revelando um acentuado grau de pauperismo e precárias condições urbanas de existência. A Região configura-se enquanto Metrópole não só pela sua extensão territorial, mas também porque é a partir dela que se organiza a dinâmica do capitalismo no Brasil, pois aí se concentra a engrenagem produtiva essencial à economia do País (...).”
(Lúcio Kowarick, Escritos urbanos. São Paulo: Ed. 34, 2000, p.19.)
a) O que define uma metrópole?
b) Identifique dois fatores econômicos determinantes na metropolização de São Paulo.
Resolução
a)
Fatores que definem uma metrópole: tamanho demográfico expressivo; a concentração e a diversidade da atividade econômica; a centralização da gestão (concentração de sedes de grandes empresas); nó significativo de redes técnicas; a concentração de serviços de ordem superior; locus privilegiado da inovação; ponto de grande densidade de emissão e recepção de informação, comunicação e capitais.
b)
Fatores determinantes na metropolização de São Paulo: a industrialização do estado de São Paulo, com concentração de capitais e o crescimento do setor terciário.
(FATEC) Em 1872 apenas cerca de 10% da população brasileira era urbana, estando concentrada em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luís do Maranhão e São Paulo. Os demais povoados urbanos, nas chamadas “vilas”, correspondiam a apenas 5,7% da população.
Pode-se assinalar como causa principal desses baixos índices de urbanização, no período,
a) a proibição do comércio interno de produtos nacionais entre as regiões.
b)) a produção industrial concentrada no interior do país e o trabalho assalariado em crescimento.
c) a economia escravista primário-exportadora e o pequeno mercado interno.
d) a falta de políticas de incentivo migratório por parte do governo português e o baixo povoamento.
e) a expulsão dos trabalhadores do campo e as fortes migrações para a Amazônia.
(PUCPR) Sobre a urbanização no Brasil, é CORRETO afirmar:
I. O processo de urbanização no Brasil inicia-se, de fato, no período do pós-guerra com a instalação, no País, de indústrias multinacionais. Esse processo dá-se pela repulsão do campo e pela atração da cidade.
II. No Brasil, o processo de urbanização foi essencialmente concentrador, gerando grandes cidades e metrópoles.
III. O crescimento desenfreado dos centros urbanos no Brasil tem trazido consequências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas.
IV. Um dos problemas graves provocado pela urbanização no Brasil é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infraestrutura urbana e, junto a isso, o aumento da criminalidade.
V. As principais redes urbanas do Brasil estão na faixa litorânea, devido a fatores econômicos, históricos e geográficos.
a) Todas as assertivas são verdadeiras.
b) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
c) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras.
d) Apenas a assertiva I é verdadeira.
e) Apenas a assertiva II é verdadeira.
(UEL)
Texto I
Os cinco anos do governo Juscelino são lembrados como um período de otimismo associado a grandes realizações, cujo maior exemplo é a construção de Brasília. [...] A ideia não era nova, pois a primeira Constituição Republicana, de 1891,atribuía ao Congresso a competência de “mudar a capital da União”. Coube porém a Juscelino levar o projeto à prática, com enorme entusiasmo, mobilizando recursos e mão de obra constituída principalmente por migrantes nordestinos – os chamados “candangos”.
(Adaptado de: FAUSTO, B. História do Brasil. 8 ed. São Paulo: EDUSP/FDE, 2000, p. 425-430.)
Texto II
[...] Eu inauguro o monumento
No Planalto Central do País [...]
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão [...]
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão [...]
(VELOSO, C. Tropicália. Álbum Tropicália. Ed. Polygram, 1967.)
Considerando os textos XII e XIII e os conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que a construção de Brasília representou:
a) A síntese de um período de desenvolvimento econômico sem precedentes na história nacional, pela prosperidade ocasionada pelo deslocamento maciço de populações empobrecidas do Nordeste para a nova área de ocupação.
b) A construção da primeira cidade planejada do Brasil, época em que se inaugura a modernização do país propiciando também a remodelação de portos, construção de ferrovias, aeroportos e indústrias de base.
c) Uma época na qual o país buscou superar de forma rápida o atraso econômico da sociedade agroexportadora e adentrar no mundo urbano industrial, vivendo, no entanto, uma série de contradições sociais geradas pela concentração de renda.
d) O coroamento do esforço governamental, iniciado na Primeira República, que procurava estimular a ocupação territorial, promovendo a reforma agrária, o desenvolvimento industrial descentralizado e a modernização do país.
e) A reformulação do movimento conhecido como “Marcha para o Oeste”, que procurou transformar áreas despovoadas do Brasil em polos de desenvolvimento industrial, política consolidada na Era Vargas.
(UFMT) Em relação ao processo de urbanização brasileiro, no período de 1940 a 2000, analise a tabela abaixo.
(MENDES, I. L. e TAMDJIAN, J. O. Geografia Geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD, 2005.)
A partir das informações constantes da tabela, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O censo de 1940 registrou que aproximadamente 70% dos brasileiros viviam nas áreas rurais, evidenciando que a economia brasileira assentava-se no campo.
( ) A elevação da concentração populacional urbana, evidenciada pelo censo de 1950, foi resultado, em grande medida, do Plano de Metas, fundado pela ação conjunta entre Estado, capital privado nacional e estrangeiro.
( ) O censo de 1970 revelou que o país havia se tornado majoritariamente urbano, devendo-se esse fato ao chamado Milagre
Econômico e às conseqüentes mudanças no capitalismo internacional.
( ) Nas duas últimas décadas do século XX, houve expressiva concentração populacional urbana em decorrência da modernização no campo e da industrialização.
Assinale a seqüência correta.
a) V, V, F, F
b) F, F, V, F
c) V, F, V, V
d) V, F, F, V
e) F, V, V, F
(UFRJ)
“... contentam-se de andar arranhando [as terras] ao longo do mar como caranguejos.”
(Frei Vicente do Salvador, 1627)
Cerca de 600 milhões de pessoas habitam áreas contíguas à linha de costa, a menos de 10 metros do nível do mar (zonas costeiras de baixa elevação).
a) Cite dois fatores que causam a concentração populacional nas zonas costeiras.
b) Apresente dois impactos da ocupação dessas zonas para o ambiente costeiro.
Resolução:
a) Entre os fatores responsáveis pela concentração populacional nas zonas costeiras, temos: a facilidade de ocupação das planícies costeiras; a presença de solos férteis nas planícies litorâneas; a instalação de portos estimula o comércio por via marítima e o adensamento da ocupação; a valorização das paisagens costeiras para fins residenciais e turísticos.
b) Entre os impactos que a ocupação das áreas contíguas à linha de costa provoca no ambiente costeiro, temos: a alteração ou destruição da morfologia, das paisagens e dos ecossistemas costeiros (mangues, recifes, restingas, dunas); a poluição das águas; a alteração da morfodinâmica das praias (erosão costeira).
(UFRJ) Na década de 1970, o governo brasileiro instituiu nove regiões metropolitanas com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico de grandes aglomerações urbanas.
Apresente duas características das regiões metropolitanas.
Resolução:
Entre as características das regiões metropolitanas estão: a integração de uma metrópole com os municípios a ela contíguos, que também se articulam entre si; a formação de áreas conurbadas; os intensos fluxos de pessoas, bens e serviços entre os municípios contíguos; a demanda por infraestrutura e serviços comuns pelos municípios que compõem a região metropolitana.
(UFU) O índice de urbanização no Brasil é muito elevado, cerca de 80% de toda a população reside em ambientes urbanos. A cidade tornou-se palco das diferenças sociais, onde uma parte das áreas periféricas (aquelas que não são ocupadas pelos condomínios horizontais fechados, por exemplo) sofre com a falta de infraestrutura e serviços básicos. Não bastando isso, a ocupação de áreas irregulares coloca a população de baixo poder aquisitivo em uma efetiva situação de risco, tornando-a vulnerável a situações de desastres, como a que aconteceu no morro do Bumba, em Niterói, no Rio de Janeiro, no início do mês de abril de 2010.
Sobre esse assunto, analise as alternativas abaixo e assinale a INCORRETA.
a) A expansão urbana baseia-se em dois tipos principais de ocupação habitacional: os loteamentos regulares, com projeto aprovado pelas administrações municipais, e as ocupações irregulares (invasões) de terrenos privados e públicos. As ocupações irregulares têm ocorrido especialmente nas encostas de grande declividade, com a implantação de arruamento precário, sem proteção e moradias precárias.
b) A segunda metade do século XX marcou a aceleração do processo de urbanização no Brasil e, entre as consequências deste processo, destacam-se a formação de regiões metropolitanas, a verticalização e adensamento das áreas já urbanizadas e a expansão urbana para as áreas periféricas.
c) Os processos de expansão urbana, periferização e peri-urbanização têm fortes impactos socioambientais, dentre eles: o aumento das jornadas entre o centro e as áreas periféricas, ocasionando o aumento do trânsito e da poluição do ar; a ausência de saneamento básico e um forte processo de desmatamento e degradação ambiental.
d) A ocupação e a expansão das periferias urbanas são estimuladas pela retenção especulativa de terrenos em áreas mais bem localizadas, cujo acesso é para todos, devido o alto valor a ser pago pelas infraestruturas instaladas. No processo de segregação espacial, o solo urbano torna-se uma mercadoria disputada por diferentes agentes sociais e econômicos urbanos, que utilizam de estratégias mercantis para valorizar todas as áreas do espaço urbano.
(UEG)
Invadindo espaços
As cidades que antes serviam para abrigar os cidadãos, hoje são o ambiente típico dos automóveis.
Nos países em desenvolvimento, a ação do poder público em favor do automóvel foi e tem sido tão eficaz que fica cada vez mais difícil para os moradores das cidades viver com um mínimo de conforto sem um automóvel particular. Só os que, em razão do seu padrão de renda, não podem almejar ter um carro sujeitam-se ao ineficiente sistema de transporte público. Neles perdem várias horas do dia, muitos dias por ano, alguns anos de vida.
Se as condições fossem outras, se o transporte público fosse mais eficiente, menor seria a parcela de renda que boa parte da população precisa reservar para compra e manutenção de um carro particular, menores seriam as demandas por investimentos públicos no sistema viário, maiores seriam as disponibilidades da renda pessoal para outras atividades, incluindo lazer, e maiores seriam os recursos que o poder público poderia destinar para melhorar a qualidade de vida de uma população.
OKUBARO, Jorge J. O automóvel, um condenado? São Paulo: Senac, 2001. p. 52-53. (Adaptado).
De acordo com a análise do texto acima, é CORRETO afirmar:
a) o elevado custo, os problemas de congestionamento das grandes cidades (ônibus, automóveis, caminhões) são os maiores responsáveis pela poluição atmosférica nos centros urbanos, ocasionando a redução na qualidade de vida da população.
b) a baixa tarifa do transporte urbano é um incentivo ao trabalhador, independentemente do tempo gasto para o deslocamento entre a casa e o trabalho, o que resulta em ganho no orçamento no final do mês.
c) a qualidade do transporte coletivo urbano, fruto de estratégias de planejamento, acaba por estimular a utilização do transporte coletivo, diminuindo o número de veículos nos grandes centros urbanos.
d) a crescente preocupação com o planejamento urbano pelos órgãos oficiais do governo tem trazido melhorias na condução do tráfego e a diminuição dos custos na infraestrutura viária.
VESTIBULAR 2009
(FUVEST)
A recente urbanização brasileira tem características parcialmente representadas nas situações I e II dos esquemas acima. Considerando essas situações, é correto afirmar que, entre outros processos,
a) I representa a involução urbana de uma metrópole regional.
b) I representa a perda demográfica relativa da cidade central de uma Região Metropolitana.
c) II representa o desmembramento territorial e criação de novos municípios.
d) II representa a formação de uma região metropolitana, a partir do fenômeno da conurbação.
e) II representa a fusão político-administrativa de municípios vizinhos.
(UFAL) Sobre o tema Urbanização, analise as afirmações a seguir.
1) Os fatores que funcionam como atrativos da urbanização, nos países subdesenvolvidos, estão ligados basicamente ao processo de industrialização.
2) A forte urbanização nos países subdesenvolvidos só ocorreu em face do processo de globalização verificado após o fim da URSS, quando houve um aumento de exportações dos produtos primários.
3) As cidades, nos países desenvolvidos, foram se estruturando para absorver os migrantes, havendo, então, melhorias na infra-estrutura urbana e um aumento da geração de empregos.
4) Nas áreas metropolitanas de países subdesenvolvidos, muitos desempregados, para garantir a sobrevivência, refugiam-se no subemprego da economia informal.
Estão corretas apenas:
a) 1 e 2
b) 2 e 4
c) 1 e 4
d) 2 e 3
e) 1, 3 e 4
(UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais podemos destacar:
a) Falta de infra-estrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.
b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infra-estrutura e todas as formas de violência.
c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.
e) Luta pela posse da terra, falta de infra-estrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.
(UEPB)
Saudosa maloca
Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar
Ali onde agora está este adifício arto
Era uma casa véia, um palacete assobradado
Foi aqui seu moço que eu, Mato Grosso e o Joca
Construimo nossa maloca
Mais um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os home com as ferramenta e o dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisas e fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia, cada tábua que caía
Doía no coração
Matogrosso quis gritar, mas por cima eu falei
Os home ta co’a razão, nóis arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou
Deus dá o frio conforme o cobertor
E hojé nóis pega as paia nas grama do jardim
E pra esquecer nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemo dias feliz da nossa vida.
Fonte: CD Reviver Adoniran Barbosa. Som Livre, 2002.
A letra da música de Adoniran Barbosa nos faz refletir, corretamente, que:
I - A segregação residencial no espaço urbano, é conseqüência de um espaço/mercadoria cujos valores de uso e de troca definem as formas de apropriação e de luta pelo direito de morar na cidade.
II - Terras vazias à espera de valorização pela especulação imobiliária são uma das causas de a população de baixa renda não ter acesso à moradia digna.
III - Os favelados resistem a quaisquer tentativas de melhoria habitacional e impedem a implantação de equipamentos urbanos adequados e eficazes que melhorem sua qualidade de vida.
IV - A reforma urbana é um bem necessário, já que poucos têm acesso à infra-estrutura e aos serviços públicos urbanos.
Estão corretas:
a) Apenas as proposições I e II
b) Apenas as proposições I, II e IV
c) Apenas as proposições I e III
d) Apenas as proposições II e III
e) Todas as proposições
(FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão
diretamente relacionados à existência de que tipos de habitação?
a) Favelas e condomínios.
b) Favelas e cortiços.
c) Mansões e vilas.
d) Vilas e bairros.
e) Lugarejos e condomínios.
(CEFET) O processo de expansão da mancha urbana, cuja característica singular é a formação de subúrbios separados da mancha urbana contínua, denomina-se
a) aglomeração.
b) conurbação.
c) metrópole nacional.
d) periurbanização.
VESTIBULAR 2008
(UCS/RS) A produção do espaço geográfico tem gerado várias paisagens, entre elas a urbana. Analise, quanto à veracidade (V) ou falsidade (F), as proposições abaixo sobre a urbanização.
( ) O fluxo de pessoas e mercadorias entre cidades é conhecido como rede urbana.
( ) O conjunto formado pela metrópole e pelas cidades vizinhas é chamado de região metropolitana.
( ) Uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes é chamada de megacidade.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – V – V
b) V – V – F
c) V – F – F
d) F – F – F
e) F – V – V
(UFASCAR) Analise a tabela e as afirmativas que a seguem.
I. Observa-se em todos os períodos um crescimento contínuo das grandes cidades, em detrimento das pequenas e médias.
II. As cidades médias – aquelas com populações entre 100 e 500 mil habitantes – vêm conhecendo um crescimento superior às demais.
III. As cidades que menos crescem são as menores, as localidades com até 20 mil habitantes.
IV. As cidades que mais crescem são as maiores, as metrópoles com mais de 500 mil habitantes.
São corretas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
(PUCMG) No dia 12 de dezembro, comemoram-se 110 anos da inauguração da nova Capital de Minas Gerais. Inicialmente denominada Cidade de Minas, inaugurada em 1897, teve seu nome alterado em 1901 para Belo Horizonte. No final do século XIX, mais que simplesmente transferir a Capital, era preciso construir uma nova cidade, condizente com um novo tempo, marcado por ideais republicanos e positivistas da “Ordem e Progresso”. O plano pretendeu atender a racionalidade urbana, o desejo de controlar os processos sociais e os ideais de prosperidade, em oposição radical à sociedade rural e arcaica, ao modo de vida e organização social da Monarquia e à sinuosidade das cidades coloniais. Porém, os processos sociais denunciaram as limitações do projeto de construir uma cidade planejada, ordenada e ordeira, limitada em seu crescimento aos contornos de uma grande via de comunicação. A promessa de modernização atraiu para a Capital em obras gente de todas as partes – mineiros do interior e, sobretudo, imigrantes – 5 mil operários italianos, espanhóis, portugueses e alemães, que exerceram papel fundamental na sua construção.
Essas informações mostram que Belo Horizonte experimentou, desde a sua inauguração, um problema
comum às grandes cidades brasileiras, que é o processo de:
a) elevada poluição atmosférica decorrente da implantação de grandes fábricas por toda a cidade,
criando aqui um grande pólo industrial.
b) periferização das populações mais pobres, em especial do operariado, não consideradas no processo de planejamento da cidade oficial, deslocando-se para áreas carentes de infra-estrutura.
c) exaustão do sistema viário, decorrente do excesso de veículos automotores e de tração animal,
em arruamentos estreitos e sinuosos, conseqüência do relevo montanhoso da região.
d) elevados índices de violência urbana, decorrentes do desemprego e da exclusão social e econômica
de grandes parcelas da população.
(FUVEST)
A charge acima, satirizando uma situação problemática, comum às grandes cidades, sugere a
I. importância da circulação para a dinâmica das atividades urbanas, exigindo da municipalidade a produção de soluções.
II. hegemonia do automóvel particular frente ao transporte público coletivo, resultando em entraves à fluidez do tráfego viário.
III. ausência de instrumentos legais de planejamento urbano, impedindo o processo de metropolização.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
(FATEC) Considere as afirmações sobre a urbanização brasileira.
I. Embora os números referentes ao processo de urbanização possam conter algumas distorções, resultantes das metodologias utilizadas, é inegável l que entre as décadas de 1950 até 1980 o Brasil passou de forma intensa por esse processo.
II. No início da ocupação do território brasileiro, houve grande concentração de cidades na região
Sudeste. Esse fenômeno está associado ao processo industrial, que teve seu maior desenvolvimento nessa região.
III. Num mundo cada vez mais globalizado, há um reforço do papel de comando de algumas cidades globais na rede urbana mundial, como é o caso de São Paulo, importante centro de serviços especializados.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
(PUCMG) Observe atentamente o gráfico e, a seguir, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O maior equilíbrio entre população rural e urbana verificou-se no final dos anos 60.
b) O declínio da população rural acentuou-se significativamente a partir de meados dos anos 70.
c) O ritmo de crescimento da população rural e urbana promoveu um desequilíbrio cada vez mais acentuado entre elas, a partir da década de 70.
d) O ritmo de crescimento da população total tornou-se superior ao da população urbana a partir de meados da década de 90.
(UFT) Dentre vários aspectos, pode-se dizer que a urbanização brasileira ocorreu em níveis de intensidade e rapidez significativos, que se diferenciam regionalmente.
Quanto ao processo de urbanização no Brasil é CORRETO afirmar que:
a) No Nordeste a rede urbana apresenta maior densidade na zona litorânea.
b) A cidade de São Paulo sempre comandou a rede urbana brasileira.
c) A megalópole brasileira é constituída por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
d) A porção centro-ocidental do país iniciou os primeiros passos de uma acelerada urbanização, inclusive com grande densidade demográfica.
(ESPM) Observe o mapa sobre a urbanização brasileira e responda:
(IBGE, 2000)
a) A população urbana do Nordeste é a única que está abaixo da média mundial de urbanização.
b) A baixa produção agrícola no Sudeste, nas duas últimas décadas, explica a diminuição da população rural da região.
c) A criação de Brasília na década de 40 é a maior responsável pelo êxodo rural na região Centro-Oeste e o conseqüente aumento da população urbana.
d) A industrialização do século XX e depois o setor de serviços explicam a urbanização do Sudeste.
e) A ausência de metrópoles no Nordeste é a principal responsável pela fraca urbanização.
(UNIFAL) Leia as afirmativas a seguir.
I - O êxodo rural é uma das causas da urbanização acelerada que acarreta, entre outros problemas, o aumento do desemprego e crescimento do setor informal das cidades nos países de industrialização tardia.
II - O crescimento da taxa de urbanização implica uma acentuada melhoria nas condições de vida da população dos países subdesenvolvidos.
III - O aumento das favelas, dos loteamentos clandestinos e da população sem-teto pode ser apontado como conseqüência do êxodo rural e da crescente urbanização.
Com base nessas afirmativas sobre urbanização, marque a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Todas as alternativas estão corretas.
d) Apenas III está correta.
(FACIG) Sobre a urbanização brasileira, é INCORRETO afirmar.
a) O processo de urbanização brasileira apoiou-se essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na transferência de populações do meio rural para as cidades.
b) A violência urbana nas metrópoles brasileiras está relacionada a uma série de fatores sociais e econômicos, como: o subemprego, o crescimento de favelas.
c) O processo de urbanização da população brasileira é uniforme. Os estados do país apresentam uma urbanização de pouco contraste na distribuição da população rural e urbana.
d) A recente transformação do Brasil em sociedade urbana deixa para trás as estruturas econômicas e os comportamentos reprodutivos típicos do meio rural.
e) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto de vista urbano, apresenta grande concentração de indústria e serviços na metrópole nacional, representada por São Paulo.
(UFLA) Analise a letra da música abaixo.
Minha Alma (A paz que eu não quero)
A minha alma está armada
e apontada para a cara
do sossego
pois paz sem voz
não é paz é medo [...]
As grades do condomínio
são para trazer proteção
mas também trazem a dúvida
se não é você que está nessa prisão
me abrace e me dê um beijo
faça um filho comigo
mas não me deixe sentar
na poltrona no dia de domingo
procurando novas drogas
de aluguel nesse vídeo
coagido pela paz
que eu não quero
seguir admitindo
Assinale a alternativa que indica o problema central destacado na letra da música.
a) A formação da chamada cidade informal das regiões metropolitanas.
b) A falta de infra-estrutura básica nos subúrbios das metrópoles.
c) O aprofundamento da pobreza nas grandes cidades brasileiras.
d) A violência criminal que atormenta os moradores dos grandes centros urbanos.
(UMTM) Considere as afirmações a seguir sobre a rede urbana brasileira.
I. O processo de urbanização, acelerado na década de 1990, produziu uma nova categoria de cidades, as cidades globais, cuja concentração maior está na região Sudeste, pois é a região mais integrada ao mercado mundial.
II. A região Norte ainda não apresenta cidades com características de metrópoles regionais. A grande dimensão territorial e a fraca integração econômica fazem com que as cidades da região tenham mais relações com as metrópoles regionais do Nordeste e Centro-Oeste.
III. Cada vez mais, São Paulo centraliza as funções de metrópole nacional e global, pois é o “nó” de vários fluxos que integram a economia nacional à global: capitais, mercadorias, informações etc.
IV. Na atualidade, a idéia de uma rede urbana hierárquica está ultrapassada, pois cada centro urbano, independente de seu tamanho populacional consegue manter relações econômicas, políticas e sociais com outros centros.
Está correto somente o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
(UNISC) Em Geografia, as metrópoles são definidas por uma série de características. Com base nessas características, poucas das cidades brasileiras são consideradas metrópoles. Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto afirmar que elas
a) exercem influência sobre vasta área geográfica, quase sempre mais ampla que o território dos seus
Estados.
b) têm equipamentos urbanos numerosos e variados, capazes de suprir a quase totalidade das necessidades da sua população.
c) apresentam uma área central, cujo fluxo de veículos, em geral intenso, varia consideravelmente ao longo do dia.
d) formam uma mancha urbana de densidade demográfica homogênea, que se estende, de forma contínua, pelos municípios da região metropolitana.
e) nenhuma das alternativas anteriores.
(UFF)
Favela Paraisópolis em São Paulo
O crescimento das cidades no Brasil é marcado por fortes contrastes sociais, os quais são revelados
pelas seguintes características principais:
a) elevados índices de violência urbana; segregação socioespacial; insuficiência na oferta de empregos;
b) oferta generalizada de empregos; elevados índices de violência urbana; processo de favelização;
c) baixa intensidade de migração campo-cidade; expansão lenta e antiga; elevados índices de violência urbana;
d) elevados investimentos em infra-estrutura urbana em áreas periféricas; expansão rápida e recente; incremento da favelização;
e) segregação socioespacial; baixas taxas de crescimento populacional; elevados investimentos em infra-estrutura urbana.
VESTIBULAR 2007
(UFRN) A transferência da capital do Brasil da região Sudeste para a região Centro-Oeste é vista como uma das maiores realizações de Juscelino Kubitschek. Explique a importância dessa transferência para o crescimento econômico da região Centro-Oeste.
Resposta:
Do ponto de vista econômico, a transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para a região Centro-Oeste, com a construção de Brasília, promoveu uma maior integração do território nacional. Daí ocorreu uma dinamização das atividades econômicas no âmbito da construção civil, gerando inúmeros empregos para as populações, em especial os migrantes nordestinos. Além disso, a transferência da capital para a porção central do Brasil promoveu o crescimento de cidades no entorno de Brasília e de outras cidades já existentes, dinamizando os setores da economia urbana (comércio e serviços). Na agricultura, verificou-se a expansão da fronteira agrícola, transformando a região do cerrado em importante área produtiva da economia nacional, em virtude da emergência de atividades agropecuárias modernas, que estavam articuladas à expansão do capital.
(UFV) Leia o texto abaixo, extraído do romance O cortiço, que revela um grave e histórico problema habitacional dos centros urbanos brasileiros.
Um cortiço! Exclamava ele, possesso. Um cortiço! Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-me a casa, o malvado!
[...] Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem. [...]
[...] E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente.
(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 3. ed. São Paulo: Ática, 1975. p. 20-21.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a realidade urbana brasileira, assinale a afirmativa
CORRETA:
a) Devido ao pouco investimento em políticas habitacionais para as classes mais pobres, as moradias inadequadas são problemas que persistem no Brasil há mais de um século.
b) O problema relatado no texto é característico apenas em pequenos centros urbanos, uma vez que o governo federal aplica parcos recursos para construção de moradias.
c) O texto revela uma opção de grande parte da população brasileira, que por motivos culturais prefere viver nos cortiços.
d) Os cortiços não apresentam riscos à saúde nem à vida dos moradores, pois são construídos com padrões técnicos e arquitetônicos adequados.
e) As formas de habitação relatadas no texto se mantiveram ao longo do tempo, mesmo havendo uma elevação significativa da renda recebida pela população mais pobre.
(UFRJ) A rede urbana constitui um conjunto de cidades articuladas entre si que formam uma hierarquia de graus de comandos estabelecida pelo tamanho e pela oferta de bens e serviços de cada cidade.
Apresente três fatores que estão alterando a hierarquia da rede urbana brasileira.
Resposta:
Entre os fatores que estão alterando a hierarquia da rede urbana no Brasil estão: as mudanças na infra-estrutura de transporte e telecomunicação; a mudança na distribuição geográfica dos investimentos; o surgimento de novos setores produtivos; a logística empresarial; o processo de desmetropolização e o crescimento das cidades de porte médio, as mudanças nos hábitos de vida; mudança nos fluxos migratórios e a redistribuição da população.
(UFPEL) De acordo com dados da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e o Caribe), três em cada quatro pessoas na América Latina vivem em cidades e, destas, 44%, em favelas ou habitações precárias. O Brasil e um dos paises mais urbanizados do mundo, com mais de 80% de sua população considerada urbana. Juntamente com o numero de pessoas que buscam as cidades por causa das melhores ofertas de qualidade de vida, os problemas urbanos tem se multiplicado.
Analise as seguintes afirmações.
I. A desigualdade regional na urbanização brasileira e bastante grande, apesar do acesso a serviços públicos de saneamento ser deficiente de maneira geral. Essa situação e mais grave na região Norte do que na Sudeste.
II. No interior das cidades, as desigualdades sociais expõem a exclusão, mas as periferias, apesar do seu crescimento desordenado, são dotadas de boas condições de infra-estrutura em saúde e segurança.
III. Uma das principais causas da expansão das favelas no Brasil e o êxodo rural; alem disso, outro fato que faz crescer a população de favelados e a alta taxa de fecundidade, que normalmente e maior entre a população mais pobre.
IV. Uma nova lógica na organização da sociedade, impulsionada pelo maior numero de fabricas, inovações econômicas, integração por transportes e telecomunicações, se refletiu no aumento das taxas de urbanização no Brasil, a partir da década de 1960.
V. Constituição de 1988 do Brasil limita ao governo federal a competência para a criação de Regiões Metropolitanas, reconhecendo o processo de conturbação, pelo qual o crescimento de cidades vizinhas forma um só conjunto, compartindo da mesma malha urbana econômica e de infra-estrutura.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I, IV e V.
b) II, III e V.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) III e V.
f) I.R.
(UFMG) Analise este trecho de música, em que se retratam condições socioambientais das grandes cidades brasileiras:
A Cidade
A cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais e camelôs
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Chico Science, “A Cidade”.
A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que, nesse trecho de música, o autor
a) considera a exclusão social como uma característica marcante das sociedades urbanas, que tem aumentado à medida que se intensifica a concentração de renda.
b) denuncia a pequena mobilidade econômica das classes sociais, decorrente da intensificação da divisão do trabalho que acompanha o processo de urbanização.
c) exalta o modo de vida urbano ao alegar que, nas cidades, a posse de bens duráveis – como automóveis e motocicletas – é traço característico de seus habitantes.
d) inclui o contingente populacional urbano inserido no mercado de trabalho informal, comumente ligado à expansão do subemprego e do desemprego estrutural.
(UFG) A polarização que os centros urbanos exercem uns sobre os outros determina a hierarquia urbana, em escala nacional. Nessa perspectiva, a concepção de metrópole regional abrange
a) extensas regiões, com influências que ultrapassam o limite estadual.
b) cidades menores e vilas dentro de um limite determinado pelo centro regional.
c) distritos, povoados, comunidades rurais e áreas vizinhas, no limite municipal.
d) todo o território nacional, direcionando a vida econômica e social.
e) centros regionais menores, com raio de ação inferior à esfera estadual.
(PUCPR) Há poucos anos, foi estabelecida uma série de novas regiões metropolitanas no território brasileiro, estendendo para mais de 20 a sua quantidade. No Paraná, a novidade fica por conta das duas regiões metropolitanas do interior do estado, Londrina e Maringá, pois até então a única região metropolitana paranaense era a de Curitiba. Londrina e Maringá são atualmente as sedes de regiões metropolitanas em virtude de:
a) Representarem pólos regionais de referência no norte do Estado, sendo que já se constata o fenômeno da conurbação tanto na região de Londrina, como também em torno de Maringá.
b) Ambas são atualmente “cidades milionárias”, ou seja, as populações dos municípios de Londrina e de Maringá já ultrapassaram a quantia de um milhão de habitantes.
c) Essas cidades desbancaram Curitiba em importância demográfica, industrial e de diversidades de serviços.
d) Ambas terem largado totalmente sua economia de origem agrícola, recebendo recursos exclusivamente dos setores industriais e do comércio e serviços.
e) Representarem o principal eixo industrial do Estado e concentrarem as maiores populações do Estado em torno de seus municípios.
(PUCRIO)
Assinale a alternativa correta, tendo como referência o gráfico acima.
a) A maior concentração demográfica da população brasileira em áreas rurais, no período de 1940 a 1980, foi resultado da predominância das atividades agroexportadoras na geração da riqueza nacional.
b) O expressivo crescimento populacional entre 1970 e 2000 foi conseqüência direta dos programas de incentivo à natalidade, promovidos pelos governos militares, e direcionados, especialmente, para as populações urbanas de baixa renda.
c) Entre 1940 e 2000, a inexistência de variação da população rural decorreu das migrações internas e, principalmente, da decadência e estagnação das lavouras de cana-de-açúcar, café e soja.
d) A crescente concentração da população brasileira em áreas urbanas, a partir de 1970, esteve associada, entre outros aspectos, à ampliação dos setores industriais e de serviços e à atração exercida pelas cidades.
e) O decréscimo da população rural brasileira, entre 1970 e 2000, a níveis muito inferiores aos observados para 1940, relacionou-se à ampliação da atividade industrial e à extinção de direitos trabalhistas para o homem do campo.
(FGV - DIREITO) Observe as tabelas sobre as regiões metropolitanas paulistas:
a) Os dados das tabelas expressam um fenômeno de ordem geográfica. Qual é esse fenômeno?
Explique a causa principal para a sua ocorrência.ua ocorrência
b) A cidade de São Paulo, em termos mundiais, é classificada como Megacidade e Cidade Global. Defina e diferencie esses conceitos, relacionando-os com o contexto em que foram criados.
Resposta esperada
a)
1. O fenômeno de ordem geográfica é o processo de desconcentração territorial, decorrente da redução relativa dos índices de crescimento da RM de São Paulo em relação ao crescimento das demais regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Esse processo também tem sido chamado de interiorização da economia paulista, descentralização industrial e dispersão industrial.
2. Essa desconcentração é expressa tanto pela redução da taxa de crescimento populacional da RM de São Paulo frente às demais, como através da redução da participação da RM de São Paulo no número de estabelecimentos e empregos industriais no Estado. Em contrapartida, houve um aumento da participação das RM de Campinas e Baixada Santista no total do Estado.
3. A causa principal deste processo é o movimento de desconcentração industrial decorrente do avanço dos sistemas de transporte e comunicações, que reduzem a importância da proximidade da atividade fabril em relação aos centros de decisão econômica. Assim, a metrópole paulistana, apesar de centralizar as decisões econômico-financeiras do país e constituir-se no principal nó dos fluxos econômicos, reduz sua importância relativa no que se refere ao número de atividades industriais. Tais atividades têm se deslocado para outros espaços próximos, porém com custos de instalação mais reduzidos (no caso comparativo, as RM de Campinas e Baixada Santista) ou que apresentem menores problemas de infra-estrutura e de oferta e custo de mão-de-obra.
b)
1. O conceito de “Megacidade” surgiu em decorrência do crescimento acelerado da população de algumas cidades do mundo, em especial de cidades de países subdesenvolvidos.
2. O termo foi criado para designar o grupo de cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Portanto, o critério para a definição de uma megacidade é essencialmente quantitativo.
3. O conceito de “Cidade Global” refere-se às cidades que sediam os “nós” da economia de fluxos da globalização e pertencem, portanto, a uma rede mundial de cidades, a partir das quais atuam os atores transnacionais
4. Trata-se de cidades que possuem alta densidade de objetos técnicos que as conectam aos fluxos globalizados (financeiros, comercias, de serviços, de tecnologia etc), razão pela qual o critério para sua definição é decorrente dos papéis e funções que desempenha e é, assim, de natureza qualitativa.
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