Segundo ABNT, a “arte ou ciência de levantamento ,
construção e edição de mapas e cartas de qualquer natureza” recebe a
denominação de Cartografia.
1. RECURSOS UTILIZADOS PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS
- Aerofotogrametria
- Sensoriamento
remoto
- Geoprocessamento
(GIS- sistema de informações geográfica)
- Para
obter o sucesso é preciso complementar o trabalho com dados obtidos em uma pesquisa de campo no
local fotografado.
1.1. AEROFOTOGRAMETRIA
É
a elaboração de cartas através de fotografias aéreas.
Avião utilizado na aerofotogrametria |
Técnica de aerofotogrametria |
1.1.1. ESTEREOSCÓPIO
Instrumento que permite a
observação simultânea, através de uma objetiva binocular, de duas imagens de um
objeto, obtidas com ângulos ligeiramente diferentes, produzindo a sensação de
relevo, de terceira dimensão.
Estereoscópio |
É
um conjunto de técnicas e procedimentos que permite monitorar um objeto ou
região sem ter contato físico com ele. Nesse sentido, um vôo
aerofotogramétrico, uma imagem de satélite ou uma imagem gerada por um
drone/VANT são insumos do SR.
1.3. GEOPROCESSAMENTO
É o conjunto de tecnologias que permite a coleta
de dados e a análise de informações sobre determinado tema. Essas tarefas são
executadas pelo GIS. O GIS permite a superposição e o cruzamento de
informações. Sua principal característica é integrar, em uma única base,
informações diversas (imagens, dados cartográficos, dados de censo, etc.), de
forma que seja possível consultar, analisar e comparar as informações, além de
produzir mapas. É o uso integrado do sensoriamento e o GIS.
Geoprocessamento |
2. FORMAS DE REPRESENTAR A TERRA
3. TIPOS DE MAPAS
3.1. MAPA FÍSICO
Representa aspectos naturais/físicos do local mapeado, como por exemplo: a vegetação, o clima, o relevo, dentre outros.
3.2. MAPA HUMANO
Representa aspectos humanos/antrópicos do local mapeado, como por exemplo: migrações, divisão política, renda per capita, dentre outros.
4. O QUE SÃO AS PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS?
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que
transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica, em
coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas.
O uso deste artifício geométrico das
projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
Os paralelos são linhas
imaginárias que contornam a Terra paralelamente à Linha do Equador, que “corta”
a Terra ao meio, ocasionando a divisão entre os hemisférios (meia esfera) norte
e sul. Os paralelos mais conhecidos são o Trópico de Câncer e o Trópico de
Capricórnio. Através dos paralelos podemos determinar a latitude dos lugares.
Planisfério Terrestre
4.1. TIPOS MAIS COMUNS DE PROJEÇÕES
A maioria dos mapas é feita a
partir da projeção dos meridianos e paralelos curvos da esfera terrestre numa
das figuras geométricas abaixo.
a) PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Na projeção cilíndrica, a superfície terrestre é
projetada sobre um cilindro tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente
cortado e planificado.
Nesta projeção os
meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Nela
as regiões polares aparecem muito exageradas. Os mapas-múndi são feitos em
projeções cilíndricas.
b) PROJEÇÃO CÔNICA
Na projeção cônica, a superfície
terrestre é projetada sobre um cone tangente ao elipsóide que então é
longitudinalmente cortado e planificado.
Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são
arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados
para mapas de países de latitudes médias.
c) PROJEÇÃO AZIMUTAL
São
projeções sobre um plano tangente ao esferóide em um ponto. No tipo normal (ou
polar), o ponto de tangência representa o pólo norte ou sul e os meridianos de
longitude são linhas retas radiais que partem deste ponto enquanto paralelos de
latitude aparecem como círculos concêntricos.
A distorção no mapa aumenta conforme se distancia do ponto
de tangência. Considerando que distorção é mínima perto do ponto de tangência,
as projeções azimutais são apropriadas para representar áreas que têm extensões
aproximadamente iguais nas direções norte-sul ou leste-oeste.
Projeção
Azimutal Centrada na Cidade de São Paulo
4.2. CARACTERÍSTICAS DAS PROJEÇÕES
Eqüidistantes – mantém as distâncias lineares (a partir de um centro), mas apresentam distorções nas áreas e nas formas.
Equivalentes – apresentam formas distorcidas, mas as áreas mantém o mesmo valor da área real (as formas ficam prejudicadas).
Conformes – procuram manter os ângulos, conservando assim as formas terrestres (mas apresentam distorções nas áreas).
4.3. PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE
Também chamada de projeção
de Aitoff – é uma projeção cartográfica elaborada no ano de 1805 pelo
astrônomo e matemático alemão Karl Mollweide (1774-1825), muito utilizada para
a elaboração de mapas-múndi atualmente.
A projeção elaborada por
Mollweide é do tipo equivalente, ou seja, conserva o tamanho das áreas, mas
altera as suas formas. Dessa forma, assim como toda projeção cartográfica, ela
apresenta algumas distorções, que aumentam à medida que se afastam do ponto
central representado.
Assim, ele construiu uma projeção
em que os paralelos eram linhas retas e os meridianos eram linhas curvas, ao
contrário do que fizera Mercator, em que as linhas e os paralelos eram
igualmente retos. No trabalho realizado por Mollweide, a Terra ganhou uma
projeção elíptica com uma exata proporção com a área real da esfera terrestre,
tendo os polos mais achatados e as zonas centrais mais exatas.
4.4. PROJEÇÃO DE GOODE
A Projeção Descontínua de
Goode, também conhecida como Projeção Interrompida de Goode, é
uma projeção cartográfica elaborada pelo cartógrafo e geógrafo estadunidense
John Paul Goode (1862-1932), em 1916, sendo do tipo cilíndrico e caracterizada
por apresentar um mapa-múndi visivelmente deformado em função de “cortes”
existentes em áreas oceânicas.
Entre as vantagens dessa
projeção, podemos citar a sua utilização para a produção de mapas temáticos
concernentes a fenômenos estritamente terrestres, como a distribuição de
indústrias e a distribuição das grandes cidades pelo mundo. Entre as
desvantagens estão a impossibilidade de se calcular distâncias
intercontinentais, representar áreas oceânicas e polares, bem como visualizar
toda a massa terrestre em conjunto.
4.5 DIFERENTES VISÕES DO “MUNDO"
MERCATOR X PETERS
n São
os mapas-múndi mais usados.
n Ambos
feitos a partir de projeções cilíndricas.
MERCATOR (1569)
- Excelente
para a navegação.
- É
uma cilíndrica conforme.
- Perfeita
nos ângulos e formas.
- Distorcido
nas áreas, com as terras próximas ao Pólos (elevadas latitudes) desproporcionalmente
maiores.
- Coloca
a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
PETERS (1973)
- Cilíndrica
equivalente.
- Perfeito
nas áreas (o tamanho de cada nação ou continente)
- Distorcido
nos ângulos e formas
- África
no centro
Propostas
de Peters:
1. Valorização do mundo subdesenvolvido, mostrando sua
área real.
2. Ressaltar a idéia que por trás de cada mapa, sempre
existe um conteúdo Político-Ideológico.
4.6. OUTRAS VISÕES DE MUNDO
Mundo visto dos EUA |
Mundo visto do Japão |
Mundo visto do Sul |
Mundo visto da Oceania |
Observando o Brasil com os próprios olhos |
Brasil orientado para o sul |
5. ANAMORFOSES
- São
mapas esquemáticos, sem escala cartográfica.
- São
representações em que as áreas sofrem deformações matematicamente calculadas,
tornando-se diretamente proporcionais a um determinado critério que se está
considerando.
Vejamos
exemplos:
INVESTIMENTOS
EM PESQUISA EM 2000
PIB DAS UFs EM 1990
*Material Utilizado nas aulas de Cartografia nas turmas do Pré-Enem do Curso Mérito.
Obrigado pela contribuição.
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