quinta-feira, 28 de julho de 2016

[Macapá-AP] Espaço de Vivências Oca Kiriri Receberá Jornada Libertária de Debates

sábado, 16 de julho de 2016

Questões de geografia física do Brasil no Enem

01. (Enem 2015) Algumas regiões do Brasil passam por uma crise de água por causa da seca. as, uma região de Minas Gerais está enfrentando a falta de água no campo tanto em tempo de chuva como na seca. As veredas estão secando no norte e no noroeste mineiro. Ano após ano, elas vêm perdendo a capacidade de ser a caixa-d’água do grande sertão de Minas.
As veredas têm um papel fundamental no equilíbrio hidrológico dos cursos de água no ambiente do Cerrado, pois:
a) colaboram para a formação de vegetação xerófila.

b) formam os leques aluviais nas planícies das bacias.

c) fornecem sumidouro para as águas de recarga da bacia.

d) contribuem para o aprofundamento dos talvegues à jusante.


e) constituem um sistema represador da água na chapada.

02. (Enem 2014) A convecção na região amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.
O mecanismo climático regional descrito está associado à característica do espaço físico de

a) resfriamento da umidade da superfície

b) variação da amplitude de temperatura

c) dispersão dos ventos-contra-alísios

d) existência de barreiras de relevo

e) convergência de fluxos de ar


03. (Enem 2013) Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante...

Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos presentes na

a)  composição de vegetação xerófila.

b) formação de florestas latifoliadas.

c) transição para mata de grande porte.

d) adaptação à elevada salinidade.

e) homogeneização da cobertura perenifólia


04. (Enem 2013) No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. O presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos chamar de civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, contradições e possibilidades”. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando a preservação da sua paisagem cultural.

Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado). 
O reconhecimento da paisagem em questão como patrimônio mundial deriva da

a) presença do corpo artístico local.

b) imagem internacional da metrópole.

c) herança de prédios da ex-capital do país.

d) diversidade de culturas presente na cidade.

e) relação sociedade-natureza de caráter singular



05. (Enem 2012) As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a do São Francisco.

As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de mineração e destacam-se pela sua história geológica por

a) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês).

b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro.

c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país.

d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural.

e) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura.



06. (Enem 2012) A irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos que temos muita água, os agricultores que tentam produzir alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competição crescente por água.

No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura produziram impactos socioambientais como:

a) redução do custo de produção.

b) agravamento da poluição hídrica.

c) compactação do material do solo.

d) aceleração da fertilização natural.

 e) redirecionamento dos cursos fluviais.



07. (Enem 2011)


A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi bastante degradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à degradação desse bioma foi

a) o avanço do extrativismo de minerais metálicos voltados para a exportação na região Sudeste.

b) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na região Centro-Oeste do Brasil.

c) o processo de desmatamento motivado pela expansão da atividade canavieira no Nordeste brasileiro.

d) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da exploração da madeira, extraída principalmente no Sul do Brasil.

e) o adensamento do processo de favelização sobre áreas da Serra do Mar na região Sudeste.


08. (Enem 2009) As áreas do planalto do cerrado – como a chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra dos Parecis, no Mato Grosso, com altitudes que variam de 400 m a 800 m – são importantes para a planície pantaneira mato-grossense (com altitude média inferior a 200 m), no que se refere à manutenção do nível de água, sobretudo durante a estiagem. Nas cheias, a inundação ocorre em função da alta pluviosidade nas cabeceiras dos rios, do afloramento de lençóis freáticos e da baixa declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a estiagem, a grande biodiversidade é assegurada pelas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem diminuído, principalmente nas cabeceiras. 
A medida mais eficaz a ser tomada, visando à conservação da planície pantaneira e à preservação de sua grande biodiversidade, é a conscientização da sociedade e a organização de movimentos sociais que exijam

a) a criação de parques ecológicos na área do pantanal mato-grossense.

b) a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam a biodiversidade.

c) o aumento das pastagens na área da planície, para que a cobertura vegetal, composta de gramíneas, evite a erosão do solo.

d) o controle do desmatamento e da erosão, principalmente nas nascentes dos rios responsáveis pelo nível das águas durante o período de cheias.

e) a construção de barragens, para que o nível das águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem, sem prejudicar os ecossistemas.


09. (Enem 2014) 


A preservação da sustentabilidade do recurso natural exposto pressupõe

a) impedir a perfuração de poços.   

b) coibir o uso pelo setor residencial.   

c) substituir as leis ambientais vigentes.   

d) reduzir o contingente populacional na área.   

e) introduzir a gestão participativa entre os municípios.   

GABARITO 
1. E 
2. E
3. A
4. E
5. A
6. E
7. D
8. D
9. E   

Estrutura Geológica do Brasil

A estrutura geológica brasileira é composta por bacias sedimentares e crátons, sendo desprovida de dobramentos modernos.  

As estruturas geológicas são as composições rochosas e os elementos físicos que fazem parte do relevo terrestre. Essas estruturas apresentam diferentes tipos, que variam conforme a era geológica correspondente à sua formação e conforme o tempo em que estiveram expostas aos agentes de transformação do relevo.


Existem, assim, três principais tipos de estruturas geológicas, os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos, dos quais apenas os dois primeiros são encontrados no território brasileiro. Observe o mapa abaixo:

 

Estrutura geológica brasileira

Os crátons – também conhecidos como escudos cristalinos ou maciços antigos – são formas geológicas basicamente constituídas por rochas cristalinas, isto é, rochas magmáticas e metamórficas. Por serem áreas geologicamente antigas, sofreram mais com os elementos de modelagem do relevo, apresentando superfícies planálticas e algumas depressões relativas.

No Brasil, 36% do território é composto pelos crátons – responsáveis pela formação dos planaltos brasileiros –, que se dividem em Escudo Brasileiro, na porção central e oeste, e o Escudo das Guianas, no extremo norte do país.
As principais reservas de minerais metálicos do país, como o ferro, estão localizadas nos escudos cristalinos proterozóicos, que correspondem a aproximadamente 4% do território nacional.

As bacias sedimentares ocupam os 64% restantes do território nacional. Trata-se de formações geologicamente recentes, em sua maioria, caracterizadas pela composição predominante de rochas sedimentares, resultantes da transformação de rochas geologicamente mais antigas. Elas se constituem através da superposição de camadas de sedimentos, que se solidificam e formam as camadas de rochas sedimentares. São pobres em minerais, porém, dependendo das condições, podem ser ricas em fósseis ou jazidas de petróleo (como as zonas de exploração de petróleo existentes no Recôncavo Baiano).
  
http://alunosonline.uol.com.br/geografia/estrutura-geologica-brasil.html

Hidrografia brasileira

A Hidrografia brasileira está marcada por rios caudalosos e de grande extensão.
Bacias Hidrográficas são regiões geográficas formadas por rios que deságuam num curso principal de água. Os rios possuem aproveitamento econômico diversificado, irrigando terras agrícolas, abastecendo reservatórios de água urbanos, fornecendo alimentos e produzindo energia elétrica.
Os rios geralmente têm origem em regiões não muito elevadas, com exceção do rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.
O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo, com 55.457km2. Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e extensão, o que constitui um importante recurso natural. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto. A energia hidráulica é a fonte primária de geração de eletricidade mais importante do Brasil. 
A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima da região. Na Amazônia, que apresenta altos índices pluviométricos, existem muitos rios perenes e caudalosos. Em áreas de clima árido ou semi-árido, os rios secam no período em que não chove.
As bacias brasileiras são divididas em dois tipos: Bacia de Planície, utilizada para navegação, e Bacia Planáltica, que permite aproveitamento hidrelétrico.

A Hidrografia brasileira apresenta os seguintes aspectos: 

- Não possui lagos tectônicos, devido à transformação das depressões em bacias sedimentares. No território brasileiro só existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por restingas.
- Com exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros possuem regime fluvial. Uma quantidade de água do rio Amazonas é proveniente do derretimento de neve da cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto (pluvial e nival).
- Todos os rios são exorréicos, ou seja, têm como destino final o oceano.
- Só existem rios temporários no Sertão nordestino, que apresenta clima semi-árido. No restante do país, os rios são perenes.
- Os rios de planalto predominam em áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de desníveis no terreno e o grande volume de água contribuem para a produção de hidreletricidade.

 

BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS

As principais bacias hidrográficas brasileiras são: Bacia Amazônica, Bacia do Araguaia/Tocantins, Bacia Platina, Bacia do São Francisco e Bacia do Atlântico Sul.

Bacia amazônica
É a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de 7.000.000 km2, dos quais aproximadamente 4.000.000 km2 estão situados em território brasileiro, e o restante distribuído por oito países sul-americanos: Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia.
Tem a sua vertente delimitada pelos divisores de água da cordilheira dos Andes, pelo Planalto das Guianas e pelo Planalto Central.
Seu principal rio nasce no Peru, com o nome de Vilcanota, e depois recebe as denominações de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Ao entrar no Brasil, passa a se chamar Solimões, até o encontro com o Rio Negro, passando a ser chamado a partir daí de Rio Amazonas. 
É o rio mais extenso do planeta, com 6.868 km de comprimento, e de maior volume de água, com drenagem superior a 5,8 milhões de km2.
Sua largura média é de 5 km, chegando a mais de 50 km em alguns trechos. Possui cerca de 7 mil afluentes. Possui ainda, grande número de cursos de águas menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante.
A maioria de seus afluentes nasce nos escudos dos Planaltos das Guianas e Brasileiro na Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Possui o maior potencial hidrelétrico do país, mas a baixa declividade do seu terreno dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas.
Na época das cheias, ocorre o fenômeno conhecido como "Pororoca", provocado pelo encontro de suas águas com o mar. Enormes ondas se formam, invadindo o continente.    
Localizada numa região de planície, a Bacia Amazônica possui cerca de 23 mil km de rios navegáveis, possibilitando o desenvolvimento do transporte hidroviário. O Rio Amazonas é totalmente navegável.
A Bacia Amazônica abrange os estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso.
O Rio Amazonas é atravessado pela linha do Equador, portanto possui afluentes nos dois hemisférios. Os principais afluentes da margem esquerda são o Japurá, o Negro e o Trombetas e da margem direita o Juruá, o Purus, o Madeira, o Xingu e o Tapajós.

Bacia do Tocantins-Araguaia
É a maior bacia localizada inteiramente em terras brasileiras. Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins-Araguaia, estão os rios do Sono, Palma e Melo Alves, todos situados na margem direita do rio Araguaia.
Seu rio principal, o Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná, em Goiás, percorrendo 2.640 km até desembocar na foz do Amazonas.


Durante o período de cheias, seu trecho navegável é de 1.900 km, entre as cidades de Belém (PA) e Peixe (GO). Em seu curso inferior situa-se a Hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país, que abastece os projetos de mineração da Serra do Carajás e da Albrás.
O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no Mato Grosso, na fronteira com Goiás. Tem cerca de 2.600 km de extensão. Desemboca no rio Tocantins em São João do Araguaia, logo antes de Marabá.
No extremo Nordeste de Mato Grosso, o rio divide-se em dois braços, pela margem esquerda o rio Araguaia e pela margem direita o rio Javaés, por aproximadamente 320 km, formando a ilha de Bananal, maior ilha fluvial do mundo.
O rio é navegável por cerca de 1.100 km, entre São João do Araguaia e Beleza, porém, não possui nenhum centro urbano de destaque ao longo desse trecho.
O regime hidrológico da bacia é bem definido. No Tocantins, a época de cheia estende-se de outubro a abril, com pico em fevereiro, no curso superior, e março, nos cursos médio e inferior.
No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas em decorrência do extravasamento da planície do Bananal. Os dois rios secam entre maio e setembro, com picos de seca em setembro.
A construção da hidrovia Araguaia-Tocantins tem sido questionado por ONGs que criticam os impactos ambientais que poderão ser causados. Por exemplo, a hidrovia cortaria 10 áreas de conservação ambiental e 35 áreas indígenas,
afetando cerca de 10 mil índios.

Bacia do São Francisco
Divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso – BA; Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.
Possui área de aproximadamente 645.000 km2 e é responsável pela drenagem de 7,5% do território nacional. É a terceira bacia hidrográfica do Brasil, ocupando 8% do território nacional. É a segunda maior bacia localizada inteiramente em território nacional.
A bacia encontra-se no estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito Federal. Situa-se quase inteiramente em áreas de planalto.
O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano, o que possibilita a sobrevivência da população ribeirinha de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades e a criação de gado. Possui grande aproveitamento hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, como também parte da região Sudeste. 
Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, o São Francisco percorre 3.160 km. Seus principais afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande na margem esquerda e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande na margem direita.
Embora atravesse um longo trecho em clima semi-árido, é um rio perene e navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora (MG) até a cachoeira de Paulo Afonso.
Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu potencial hidrelétrico aproveitado através das Usinas de Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, entre outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais populosas e de mais antigo povoamento: Sudeste e Nordeste.  

Bacia Platina
É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.
É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com 1.397.905 km2. Se estende por Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das hidrelétricas em operação ou construção do Brasil.
O rio da Prata se origina do encontro dos três principais rios desta bacia: Paraná, Paraguai e Uruguai. Eles se encontram na fronteira entre a Argentina e o Uruguai.
A bacia do Paraná possui localização geográfica privilegiada, situada na parte central do Planalto Meridional brasileiro.
O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o segundo em extensão na América. É formado pela junção dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina de Itaipu, entre outras. Os afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus afluentes vem sendo aumentada pela construção da hidrovia Tietê-Paraná.
A hidrovia serve para o transporte de cargas, pessoas e veículos, tornando-se uma importante ligação com os países do Mercosul. São 2.400 km de percurso navegável ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em função de suas diversas quedas, o rio Paraná possui navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo o centro-sul da América do Sul, desde as encostas dos Andes até a Serra do Mar.
A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de 345.000 km2. Atravessa a Planície do Pantanal e é muito utilizada na navegação.
O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao longo dos territórios brasileiro e paraguaio. Tem sua origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá (MT). Seus principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Antes de se juntar ao rio Paraná para formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha o Paraguai e a Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância, como o Pantanal mato-grossense.
A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com potencial hidrelétrico, e outro de planície, entre São Borja e Uruguaiana (RS).
O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), servindo de divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, entre Uruguai e Argentina. Possui uma extensão de aproximadamente 1.500 km e deságua no Estuário do Prata.
Seu curso superior é planáltico e possui expressivo potencial hidrelétrico. Os cursos médio e inferior são de planície e oferecem condições favoráveis para a navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto. Fazem parte de sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.
O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco expressivo quer seja em termos de navegação, quer seja em termos de produção hidrelétrica. 

Bacias do Atlântico Sul
O Brasil possui ao longo de seu litoral três conjuntos de bacias secundárias denominadas bacias do Atlântico Sul, divididas em três trechos: Norte-Nordeste, Leste e Sudeste. Estes trechos não possuem ligação entre si, foram agrupados por possuírem rios que correm próximo ao litoral e deságuam no Oceano Atlântico.  

Seus principais rios são:
1. Oiapoque
2. Gurupi
3. Parnaíba
4. Jequitinhonha
5. Doce

O trecho Norte-Nordeste é formado por rios perenes que correm ao norte da bacia Amazônica e entre as fozes dos rios Tocantins e São Francisco. Entre seus rios, destacam-se: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru; Mearim e Parnaíba. São cinco braços principais, cobrindo uma área de 2.700 km2.
O principal rio é o Parnaíba, com 970 km de extensão. Sua foz, localizada entre Piauí e Maranhão, forma o único Delta Oceânico da América. O rio Parnaíba é também uma importante hidrovia utilizada no transporte dos produtos agrícolas da região.
O trecho Leste é formado pelas bacias dos rios que correm entre a foz do São Francisco e a divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Seus rios de maior destaque são: Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu.
Seu rio mais importante é o Paraíba do Sul, localizado entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Possui, ao longo de seu curso, grande aproveitamento hidrelétrico, bem como indústrias importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional.
O trecho Sudeste é formado pelas bacias dos rios que estão ao sul da divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Entre eles, destacam-se: Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape. Eles possuem importância regional pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento de água e geração de energia elétrica.

http://www.mundovestibular.com.br/articles/98/4/HIDROGRAFIA-DO-BRASIL---HIDROGRAFIA-BRASILEIRA/Paacutegina4.html

Biomas brasileiros

Os principais biomas brasileiros são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas, Caatinga e Pantanal.


Biomas brasileiros




O território brasileiro, com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, possui uma grande variedade de características naturais (solo, relevo, vegetação e fauna), que interagem entre si formando uma composição natural única. Entre as principais características naturais que mais apresentam variação, estão os biomas, conjuntos de ecossistemas com características semelhantes dispostos em uma mesma região e que historicamente foram influenciados pelos mesmos processos de formação.

De acordo com o IBGE, o país possui seis grandes biomas, que, juntos, possuem uma das maiores biodiversidades do planeta. São eles:
  • Amazônia: A Floresta Equatorial brasileira ocupa cerca da metade do território do Brasil e está concentrada nas regiões Norte e em parte da região Centro-Oeste. Esse bioma é muito influenciado pelo clima equatorial, que se caracteriza pela baixa amplitude térmica e grande umidade, proveniente da evapotranspiração dos rios e das árvores. A sua flora é constituída por uma vegetação florestal muito rica e densa e apresenta espécies de diferentes tamanhos – algumas podem alcançar até 50 metros de altura – com folhas largas e grandes, que não caem no outono. A fauna também é muito diversificada, composta por insetos, que estão presentes em todos os estratos da floresta, uma infinidade de espécies de aves, macacos, jabutis, antas, pacas, onças e outros.
  • Cerrado: O Cerrado, ou a Savana brasileira, estende-se por grande parte da região Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do país. É um bioma característico do clima tropical continental, que, em razão da ocorrência de duas estações bem definidas – uma úmida (verão) e outra seca (inverno) –, possui uma vegetação com árvores e arbustos de pequeno porte, troncos retorcidos, casca grossa e, geralmente, caducifólia (as folhas caem no outono). A fauna da região é bastante rica, constituída por capivaras, lobos-guarás, tamanduás, antas, seriemas etc.
  • Mata Atlântica: O exemplar de Floresta Tropical do Brasil praticamente já desapareceu, pois, como estava localizada na faixa litorânea do país, grande parte de sua vegetação original foi devastada para ceder lugar à intensa ocupação do litoral. Originalmente, a vegetação desse bioma encontrava-se localizada em uma extensa área do litoral brasileiro, que se estendia do Piauí ao Rio Grande do Sul, e era constituída por uma vegetação florestal densa, com praticamente as mesmas características da Floresta Amazônica: com diversos tamanhos, latifoliada (folhas largas e grandes) e perene (folhas que não caem). A fauna dessa região já foi praticamente extinta e era constituída por micos-leões, lontra, onça-pintada, tatu-canastra, arara-azul e outros.
  • Caatinga: estende-se por todo o sertão brasileiro, ocupando cerca de 11% do território nacional. Trata-se da região mais seca do país, localizando-se na zona de clima tropical semiárido. A vegetação dessa região é composta, principalmente, por plantas xerófilas (acostumadas com a aridez, como as cactáceas) e caducifólias (que perdem a folha durante o período mais seco), além de algumas árvores com raízes bem grandes que conseguem captar a água do lençol freático em grandes profundidades e que, por isso, não perdem as suas folhas, como o juazeiro. A fauna desse bioma é composta por uma grande variedade de répteis, sapo cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba etc.
  • Pampas: Localizado no extremo sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, esse bioma é bastante influenciado pelo clima subtropical e pela formação do relevo, que é constituído principalmente por planícies. Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas, como capim-barba-de-bode, capim-gordura, capim-mimoso etc. São exemplos de animais que vivem nesse bioma o veado, garça, lontras, capivaras e outros.
  • Pantanal: trata-se da maior planície inundável do país e está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do sul. Esse bioma é muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba, os rios diminuem o seu volume d'água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos esses fatores tornam a vegetação do pantanal muito diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados à umidade), plantas típicas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, espécies xerófilas. A fauna é constituída por várias espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis etc.   
Atualmente, como resultado da expansão das atividades agropecuárias e da urbanização no país, todo os biomas brasileiros correm risco de extinção caso sejam mantidos os mesmos padrões de exploração. Dois desses biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica, já se encontram na lista mundial de Hotsposts, isto é, áreas com grande diversidade que se encontram ameaçadas de extinção. Além deles, estima-se que a Amazônia brasileira desaparecerá em 40 anos caso sejam mantidos os índices de desmatamento atuais. O Pantanal e os Pampas são ameaçados pelas atividades agropecuárias que comprometem o sistema de cheias dos rios no Pantanal e contribuem para o processo de desertificação do solo nos Pampas. Asim, o Brasil, embora possua uma grande biodiversidade, corre o risco de perdê-la caso as leis ambientais de proteção desses biomas não sejam colocadas em prática.

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/biomas-brasileiros.htm

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Relevo brasileiro

O relevo brasileiro possui grandes variações regionais, sendo constituído por planaltos, depressões e planícies.


Chapada Diamantina
O relevo corresponde às diferentes formas da superfície terrestre, que se diferenciam conforme a estrutura geológica em que se originaram e os agentes de formação e transformação do relevo que influenciaram a sua composição e evolução. Esses elementos definem as principais características do relevo de uma determinada área e são fundamentais para a sua identificação e classificação.
relevo brasileiro formou-se a partir de estruturas geológicas compostas, principalmente, por formações sedimentares recentes e estruturas vulcânicas e cristalinas de idade muito antiga. Seu processo de formação e transformação foi muito influenciado pelos fatores exógenos, ou seja, pelos agentes formadores e modeladores do relevo que atuam na superfície do planeta Terra.
Além disso, a sua formação não foi impactada pela grande movimentação tectônica ocorrida no Período Terciário, entre 65 e 1,5 milhões de anos atrás, que foi responsável pela formação de dobramentos modernos, como os Andes ou o Himalaia. Em consequência de seu processo de formação, o relevo brasileiro caracteriza-se pelo predomínio de áreas de médias e baixas altitudes, já que no Brasil não houve a formação de dobramentos modernos e os escudos cristalinos mais elevados foram desgastados pelos agentes modeladores do relevo.

Ao longo da evolução dos estudos geográficos sobre o território brasileiro, o relevo do país apresentou diversas classificações, que levavam em consideração diferentes fatores e a tecnologia disponível na época. A classificação mais antiga foi proposta pelo autor Aroldo de Azevedo, em 1940, e dividiu o relevo brasileiro de acordo com o seu perfil topográfico.
Nessa classificação, o país foi dividido em oito compartimentos do relevo: quatro planaltos (áreas com altitudes superiores a 200 m), que ocupavam cerca de 59% do território brasileiro, e quatro planícies (áreas com altitudes de até 200 m), que correspondiam a cerca de 41% do território nacional. 
Na década de 1970, Aziz Nacib Ab'Saber publicou uma nova classificação do relevo, que possuía uma maior aproximação com os pressupostos da Geomorfologia e dividia o relevo a partir da sua formação e características. Para Ab'Saber, o país estava dividido em dez compartimentos, sendo sete planaltos e três planícies.
Atualmente, a classificação do relevo mais aceita na Geografia é a proposta por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos geomorfológicos do Brasil realizados até aquele momento (1995), principalmente nas obras de Aziz Nacib Ab'Saber e no projeto RadamBrasil, que realizou um levantamento e mapeamento sistemático dos recursos naturais brasileiros com o auxílio de imagens aéreas. Essa classificação utilizou como critérios o processo de formação das formas de relevo, o nível altimétrico e a estrutura geológica do terreno. 

De acordo com essa classificação, o relevo brasileiro pode ser dividido em 28 unidades, sendo elas áreas de:
·                Planaltos: Áreas de médias a altas altitudes, com superfícies irregulares e predomínio de processos de erosão. De acordo com essa classificação, as áreas de planalto no Brasil constituem onze unidades do relevo: Planalto da Amazônia Oriental, Planalto da Amazônia Ocidental, Planalto e Chapadas da Bacia do Parnaíba, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos Residuais Norte-amazônicos, Planaltos Residuais Sul-amazônicos, Planaltos e Chapadas dos Parecis, Planalto da Borborema, Planalto sul-rio-grandense, Planalto e Serras do Atlântico Leste, Planaltos e Serras de Goiás-Minas, Serras Residuais do Alto Paraguai.
·                Planícies: Superfícies, geralmente planas e de baixa altitude, formadas a partir do acúmulo de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Segundo essa classificação, o país possui seis áreas de planície: Planície do Rio Amazonas, Planície do Rio Araguaia, Planície e Pantanal do Rio Guaporé, Planície e Pantanal do Rio Paraguai ou Mato-grossense, Planície das Lagoas dos Patos- Mirim, Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
·                Depressões: Áreas formadas a partir de processos erosivos nas áreas de contato entre as bacias sedimentares (material menos resistente) e os maciços cristalinos (material mais resistentes). Nessa classificação, o Brasil possui onze unidades de depressões: Depressões Marginal Norte-amazônica, Depressão Marginal Sul-amazônica, Depressão do Araguaia, Depressão Cuiabana, Depressão do Alto do Paraguai-Guaporé, Depressão do Miranda, Depressão Sertaneja e do Rio São Francisco, Depressão do Tocantins, Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná e Depressão Periférica Sul-rio-grandense.

É importante ressaltar ainda que, de acordo com as três classificações apresentadas neste texto, não existem montanhas ou cadeias de montanhas no território brasileiro. Isso porque, como não houve a formação de dobramentos modernos no Brasil, os picos mais elevados do território brasileiro (Pico da Neblina, Pico 31 de Março, Pico da Bandeira etc.) não teriam se originado desse tipo de estrutura geológica, não podendo, portanto, ser classificados como montanhas.