Clima corresponde ao
conjunto de variações do tempo de uma determinada localidade. Para estabelecer
o clima de um lugar é necessário analisar os fenômenos atmosféricos durante um
período de, aproximadamente, 30 anos. O clima está diretamente relacionado à formação
vegetal.
No território
brasileiro ocorre uma grande diversidade climática, pois o país apresenta
grande extensão territorial com diferenças de relevo, altitude e dinâmica das
massas de ar e das correntes marítimas, todos esses fatores influenciam no
clima de uma região. A maior
parte da área do Brasil está localizada na Zona Intertropical, ou seja, nas
zonas de baixas latitudes, com climas quentes e úmidos. Outro fator
interessante do clima brasileiro refere-se à amplitude térmica (diferença entre
as médias anuais de temperatura máximas e mínimas), conforme se aproxima da
linha do Equador, a amplitude térmica é menor.
O critério utilizado
no Brasil para classificar os diferentes tipos de clima relaciona-se à origem,
natureza e, principalmente, movimentação das massas de ar existentes no país
(equatoriais, tropicais e polares). Conforme análises climáticas realizadas no
território brasileiro, foi possível estabelecer seis
tipos de climas diferentes, são eles:
Equatorial – Presente na
Amazônia, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão, sofre ação direta das
massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e
úmido. Apresenta temperaturas médias elevadas (de 25 °C a 27 °C), chuvas
durante todo o ano e reduzida amplitude térmica (inferior a 3 °C).
Tropical – Clima do Brasil
central, também presente na porção oriental do Maranhão, extensa parte do
território do Piauí, na porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais, além de
ser encontrado também no extremo norte do país, em Roraima. Caracteriza-se por
temperatura elevada (18 °C a 28 °C), com amplitude térmica de 5 °C a 7 °C, e
estações bem definidas (uma chuvosa e outra seca). A estação de chuva ocorre no
verão; no inverno ocorre a redução da umidade relativa em razão do período da
estação seca. O índice pluviométrico é de cerca de 1,5 mil milímetros anuais.
Tropical de Altitude – É encontrado nas
partes mais elevadas, acima de 800 metros, do planalto Atlântico do Sudeste.
Abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Espírito Santo. Está sob influência da massa de ar tropical atlântica, que
provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18 °C e
22 °C, e amplitude térmica anual entre 7 °C e 9 °C. No inverno, as geadas ocorrem
com certa frequência, em virtude da ação das frentes frias originadas do choque
entre as massas tropical e polar.
Tropical Atlântico – Conhecido também
como tropical úmido, compreende a faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao
Paraná. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e
úmida, provoca chuvas intensas. A temperatura varia de 18 °C a 26 °C, apresenta
amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul. No Nordeste,
a maior concentração de chuva ocorre no inverno, já no Sudeste, ocorre no
verão. O índice pluviométrico médio é alto, de 2 mil milímetros anuais.
Subtropical – Ocorre nas
latitudes abaixo do trópico de Capricórnio. Está presente no sul do estado de
São Paulo e na maior parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É
influenciado pela massa polar atlântica, possui temperatura média anual de 18
°C e amplitude térmica elevada (10 °C). As chuvas não são muito intensas, mil
milímetros anuais, porém, ocorrem de forma bem distribuída na região. Nessa
região climática do Brasil são comuns as geadas e nevadas. O verão é muito
quente e a temperatura pode ultrapassar os 30 °C. O inverno, bastante frio,
apresenta as temperaturas mais baixas do país, inferiores a 0 °C.
Semiárido – Ocorre no interior
do Nordeste, na região conhecida como Polígono das Secas. Corresponde a quase
todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco.
Caracteriza-se por temperaturas elevadas (média de 27 °C) e chuvas escassas e mal
distribuídas, em torno de 700 milímetros anuais. Há períodos em que a massa
equatorial atlântica (superúmida) chega ao litoral norte da região Nordeste e
atinge o sertão, causando chuvas intensas nos meses de fevereiro, março e
abril.
Por Wagner de Cerqueira
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