terça-feira, 26 de junho de 2018

Geografia do Amapá - Campos de Várzea

Os campos de várzea correspondem aos campos inundáveis da região, que são ambientes diretamente ligados às áreas deprimidas da Planície Quaternária. Sua ecologia é destacada pelos regimes de inundações periódicas que decorrem da acumulação e represamento de águas pluviais, efeitos das altas marés e dos impedimentos de drenagem do solo os quais funcionam como barreiras naturais à vazão e à permeabilidade desses campos.

REBIO Lago Piratuba
Sua representatividade no Estado é de 16.065,35 Km2, estendendo-se desde o cabo Orange, no Oiapoque, até a foz do rio Jari, no extremo sul. Os principais limites naturais ocorrem principalmente com os cerrados e formas florestais de transição, interiormente, e com os manguezais e florestas de várzea, exteriormente, correspondendo aos trechos litorâneo e amazônico, respectivamente.
A abrangência dos campos de várzea também inclui os ambientes lacustres pela estreita relação natural entre os dois ambientes e pelas reais dificuldades de separá-los na presente escala de representação.
De acordo com a estrutura desses campos, é possível separá-los em duas formas básicas: o campo de várzea graminóide e o arbustivo. No primeiro caso, trata-se de áreas em estágios iniciais de sucessão, caracteristicamente herbáceos, com predomínio de espécies graminóides (gramíneas, ciperáceas, xiridáceas). Os campos de várzea arbustivos são formas mais evoluídas, caracterizadas pela presença de formas lenhosas e herbáceas em proporções variáveis.

Condição Potencial
O aproveitamento desses ambientes dá-se somente pela pecuária extensiva e pesca artesanal. Por outro lado, ao refletir sobre sua extensão territorial e condições naturais particulares (envolvendo grandes coleções de águas, fauna aquática altamente diversificada e paisagens de grande beleza cênica), julga-se que exista um subaproveitamento de suas vocações e diversidade naturais.
Em particular, sua flora destaca a seguinte condição:
· Macrófitas aquáticas: terminologia de larga acepção. Para este trabalho, representa o conjunto de plantas herbáceas que colonizam os ambientes aquáticos. Nesse sentido, sua condição potencial não deve ser vista somente enquanto pastagem natural da pecuária bubalina. A rigor, deve ser considerada no âmbito de sua ambientação, a partir da qual é possível vê-la ligada a usos diversificados, incluindo sistemas de criatórios aquáticos em regimes de semi-confinamentos.

Fonte: 

MACRODIAGNÓSTICO DO ESTADO DO AMAPÁ
PRIMEIRA APROXIMAÇÃO DO ZEE

COORDENADOR: Benedito Vitor Rabelo

AUTORES: Adalberto do Carmo Pinto, Alandy Patrícia do S. Cavalcante Simas, Antonio Tebaldi Tardin, Aristóteles Viana Fernandes, Benedito Vitor Rabelo, César Bernardo de Souza, Elenilza Maria P. Bentes Monteiro, Francinete da Silva Facundes, José Elias de Souza Ávila, Josiane S. Aguiar de Souza, Luiz Alberto Costa Guedes, Otizete A. de Alencar da Penha, Rosa Maria de Sousa Melo e Valdeci Marques Gibson

NORMALIZAÇÃO: Adelina do S. S. Belém

REVISÃO (VERSÃO EM PDF): Adalberto do C. Pinto/IEPA (Texto, Quadro e Figuras), Jamile da C. da Silva/IEPA (Referências) e Andréa Liliane P. da Silva/EMBRAPA-AP (Referências)

INSTITUIÇÕES COLABORADORAS: EMBRAPA/AP, IBGE/DIPEQ/AP, INPE e UFRJ/LAGET

CONTRIBUIÇÃO: Socorro de Jesus C. de Oliveira, Ulene C. da Silva

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Amapaz Projetos Sustentáveis LTDA

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