segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Geografia - África

 

A África é o terceiro maior continente do mundo, com o segundo maior quantitativo populacional, além de apresentar o maior número de países.

A África é o único continente situado em todos os hemisférios da terra: norte, sul, leste e oeste. Isso acontece porque ela é cortada, ao mesmo tempo, pela Linha do Equador e pelo Meridiano de Greenwich. Possui uma área total de 30.221.532 km² (a terceira maior do mundo) e uma população de 1,033 bilhão de pessoas (a segunda mais populosa). 

A África é limitada ao norte pelo Mar de Mediterrâneo, responsável por separar esse continente da Europa. A nordeste, faz fronteira com a Ásia, através do território do Egito, sendo limitado também pelo Mar Vermelho. A leste, o continente africano encontra-se banhado pelo Oceano Índico; a oeste, pelo Oceano Atlântico.

Ao todo, existem 54 países, incluindo o Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, cuja independência foi declarada em 2011. A tendência, no entanto, é que o número de países continue crescendo, pois a maior parte das fronteiras territoriais dos países africanos é muito frágil, ou seja, envolve constantes disputas por independência ou até por unificação. Grande parte dessas questões está relacionada com o processo de colonização do continente africano.

O relevo africano é marcado pela predominância dos planaltos, que são subdivididos em setentrional, centro-meridional e oriental. Essas regiões constituem-se por formações geológicas antigas e, portanto, mais intensamente transformadas pelos agentes exógenos de modelagem do relevo.


Em algumas regiões, registra-se a presença de montanhas, com altitudes mais elevadas, com destaque para a Cadeia do Atlas, no extremo norte dos continentes. Em outros pontos, é possível observar a presença de alguns importantes vales, com destaque para os rios Nilo, Congo e Níger.


Em termos climáticos, a localização do continente africano contribui para a constituição de um clima predominantemente tropical, com regiões geralmente muito quentes e com baixos índices de pluviosidade. Na verdade, somente nas proximidades da Linha do Equador é que o índice de chuvas é maior, em virtude da presença da Floresta do Congo, tornando o clima mais seco à medida que o continente se distribui para o norte e para o sul.

Ao norte encontra-se o deserto do Saara, o segundo maior do mundo, com mais de nove milhões de quilômetros quadrados, constituindo uma área maior que a do território brasileiro. Ao sul há o deserto do Kalahari, o quinto maior do mundo, envolvendo a área de vários países sul-africanos. Além dessas duas paisagens, registra-se a presença de vários tipos de vegetações naturais, como a Floresta do Congo (um tipo de Mata Equatorial), as plantas desérticas, a Vegetação Mediterrânea, as Estepes e, principalmente, as Savanas, que predominam no continente e que em muito se assemelham ao Cerrado brasileiro.
Economicamente, o continente africano é mundialmente conhecido como o mais pobre do mundo. A maior parte dos países possui baixíssimas riquezas monetárias – apesar da abundância de riquezas naturais –, com os piores Índices de Desenvolvimento Humano do planeta. Das nações com graves problemas sociais, como a desnutrição, o analfabetismo e a mortalidade infantil, a maior parte é composta por países africanos.
Esse quadro intensifica-se em razão de os países africanos serem exportadores, principalmente, de matérias-primas. Nesse caso, as economias dos países tornam-se muito dependentes dos países desenvolvidos. Além disso, a maior parte dos recursos naturais encontra-se sob a posse de poucos, o que eleva a concentração de renda e contribui para que a população local não receba os benefícios da produtividade de suas terras.


O início da colonização na África 

O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos europeus. Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI. Três séculos mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a Primeira Revolução Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os europeus buscaram novas fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.

No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha, começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o asiático. A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais para a produção industrial. 

As nações americanas que foram descolonizadas se tornaram um mercado promissor para os produtos industrializados europeus, tendo em vista que a procura na Europa por tais mercadorias estava em queda. 

As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a cada nação. 

A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em 1885. Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Esse acordo foi executado na Conferência de Berlim.  

Porém, o processo de exploração da África aconteceu antes mesmo de haver a partilha do território, isso porque diversos países enviaram delegações de cientistas para o continente. Segundo eles, os cientistas tinham o propósito de realizar pesquisas de caráter científico, mas na verdade esses coletavam dados acerca do potencial mineral, ou seja, as riquezas do subsolo. 

Anos depois, grande parte do território africano estava colonizada. Os europeus introduziram culturas que não faziam parte da dieta do povo nativo. Os colonizadores rapidamente promoveram as plantations, com destaque para a produção de café, chá, cana-de-açúcar e cacau.  

Outra atividade desenvolvida foi o extrativismo mineral, com destaque para a extração de ouro, ferro, chumbo, diamante, entre outros. Assim, os europeus conseguiram garantir por um bom tempo o fornecimento de matéria-prima para abastecer as indústrias existentes nos países europeus industrializados.

 

Descolonização da África

Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os citados é que todos foram colônias de exploração. A divisão do continente para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo, as conseqüências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração. 

No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles européias é denominado historicamente como descolonização.  

Doravante a esse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das colônias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.

Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio econômico.  

O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração. 

Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para o controle das metrópoles.   

Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas.  

Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos. 

Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.  

Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 54 territórios independentes.

http://www.mundoeducacao.com/geografia/africa-2.htm

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