domingo, 22 de maio de 2016

Em Bancarrota, Amapá é o 2º Colocado no Ranking Nacional do Desemprego

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Amapá apresentou a segunda pior taxa de desemprego do país com cerca de 48 mil desempregados com idade para o labor, cujo percentual correspondente é de 14,35%.
Os dados do Instituto evidenciam que o percentual registrado este ano é muito superior ao do ano passado, no qual a taxa era de 9,6%, o que representaria hoje uma diferença de exatamente 4,7% nos números oficiais de desemprego no estado.
A analogia relativa ao percentual de desemprego nos três primeiros meses de 2015 com 2016, mostra que houve um aumento de 50,2% no atual trimestre, no que o número de desempregados no primeiro trimestre do ano passado representava exatamente 32 mil trabalhadores.
De fato, em razão da crise econômica mundial do modo de produção capitalista que se alastra pelo país desde 2008, não ocorre somente uma escalada do desemprego, mas também uma política de arrocho de salários por parte dos empresários que visam manter seus lucros a qualquer custo, impondo aos trabalhadores uma política de “corte de gastos” que começa o “desligamento” das funções laborais e continua com os trabalhadores que não perderam seus empregos através do corte, sobretudo, nos salários.
Não por acaso, os dados comprovam a supracitada afirmativa sobre o decréscimo dos salários dos trabalhadores, visto que no primeiro trimestre de 2015 o salário médio que era de R$ 1.915 despencou para R$ 1.847, isto é, trata-se de um arrocho de 2,2% segundos dados oficiais, sabidamente maquiados, no que o percentual real, sem sombra de dúvidas, é muito maior.
Empatando com o Amapá no que se refere ao resultado desastroso para os trabalhadores que amargam o desemprego, está o Rio Grande do Norte, sendo o primeiro lugar do estado da Bahia, cujo índice é de 15,5% e como no Amapá, segue aumentando sem quaisquer perspectivas de cessar, já que a política dos governos de estado e do setor produtivo, isto é, dos grandes grupos empresariais é tapar o sol com a peneira, jogando a responsabilidade da crise sobre os trabalhadores, que pagam com o desemprego e com um violento arrocho em seus salários a conta de uma crise que não criaram.
Há de se destacar ainda que nos primeiros três meses de 2016, o Amapá contava com 552 mil pessoas economicamente ativas. Entretanto, desse número, 214 mil correspondiam a homens e mulheres a partir dos 14 anos, isto é, fora da força de trabalho e sem emprego. Nesse sentido, as que se encontravam efetivamente em condições formais de trabalho eram 290 mil entre os meses de janeiro e março de 2016. Contudo, comparando-se com o mesmo período do ano de 2015, o número de trabalhadores empregados era de 302 mil.
Evidentemente, os números revelam que o colapso capitalista de 2008 teve efeitos devastadores no mundo todo, fazendo naufragar no Brasil o então “modelo de crescimento Lula”, preconizado pelo ex-presidente que na época afirmou que a crise que quebrara a economia mundial chegaria ao país como uma “marolinha”, no que não apenas avançou por todo o primeiro mandato de Dilma Rousseff como uma tsunami, como de fato, segue no atual governo do presidente interino, Michel Temer, com tendência de se aprofundar muito mais no próximo período, de modo que o efeito nos entes federados será devastador, já que está na ordem do dia como imposição pelo capital financeiro via governos descarregar todo o ônus da crise sobre as costas dos trabalhadores na tentativa de salvar os lucros do grande capital, seja por meio das demissões, arrocho salarial, ou toda a sorte de ataques contra as condições de vida dos trabalhadores.
Fotografia: Marcos Santos/USP Imagens
http://mobilizacaooperaria.com/amapa/em-bancarrota-amapa-e-o-2o-colocado-no-ranking-nacional-do-desemprego/

3 comentários:

  1. Muito obrigado pelo compartilhamento e pela publicação da matéria em seu site, companheiro Rodrigo. Por sinal, é um blog muito bom. Gostei muito dos conteúdos. Meus cumprimentos pelo bom trabalho.

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  2. Continuaremos a fazer esse trabalho companheiro é só me enviar as matérias.

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