Um encontro realizado no mês de junho no Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá, reforçou as metas das iniciativas pública e privada a respeito da pesquisa e exploração de petróleo na costa do estado. Uma das empresas detentoras dos lotes, a BP, prevê iniciar até 2018 as atividades no Amapá, especificamente na costa do município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá.
O vice-presidente da empresa, Ivan Simões Filho, apresentou ao governo e representantes de entidades comerciais, os estudos que a petroleira iniciou para avaliar a possibilidade de extração.
“O conhecimento geológico atual permite afirmar que há a semelhança entre a costa do Brasil e a da África, e descobertas recentes do lado africano mostram que há uma possibilidade de haver algo semelhante desse lado do Brasil”, falou Simões, reforçando que a empresa realiza o trabalho de levantamento sísmico.
A BP é uma das três empresas que venceram a licitação que leiloou 14 blocos para exploração em maio de 2013. Também conquistaram lotes as empresas Total e Queiroz Galvão. O investimento mínimo obrigatório em pesquisas a serem realizadas pelas empresas no Amapá vai ser de R$ 1,624 bilhão.
A foz do rio Amazonas estende-se ao longo da costa do Amapá e da Ilha de Marajó (Pará) e tem potencial para descoberta de gás e óleo leve.
O governador do Amapá, Waldez Góes, reforçou que o estado precisa garantir os subsídios políticos, econômicos e sociais para assegurar a correta exploração do produto. Waldez reafirmou que o objetivo é manter dentro do estado o maior número possível de atividades dessas empresas.
“Em conversas anteriores, reafirmei que o estado ia criar todas as condições de infraestrutura, legislativa e institucional para termos aqui instaladas essas empresas. Aquilo que precisar criar em termos de legislação, sendo dentro da lei, vamos criar”, reforçou Waldez, acrescentando que o governo pretende criar uma Agência de Desenvolvimento Econômico.
Sobre a instalação de sedes e contratação de profissionais, o representante da BP destaca que as atividades são variáveis, e, dependendo da importância, podem acontecer paralelamente em outros estados e até em outros países.
“A atividade principal não acontece em nenhum estado, acontece em alto mar, a pelo menos 300 quilômetros da costa, onde vai ser instalada uma plataforma de perfuração que vai ser parte do processo”, detalha.
Descoberta de petróleo
Nos dias 14 e 15 de maio de 2013, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) leiloou 14 blocos para exploração de petróleo no litoral do Amapá. O total dos arremates somou R$ 802 milhões, o que representa quase 30% de toda a licitação leiloada pela ANP, que alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões.
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2015/06/empresa-preve-iniciar-exploracao-de-petroleo-na-costa-do-amapa-ate-2018.html
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